A goleada aplicada pelo Corinthians frente ao Danubio, 4 a 0, foi interpretada pela imprensa uruguaia como mais uma evidência de que o futebol local está muito abaixo em relação aos países vizinhos, sobretudo Brasil e Argentina.

O jornal El Observador destacou a maneira como o time paulista se portou em campo, atacando por todos os lados, com cara de "futebol europeu".

"Danubio saiu para jogar com limitadas armas, mas encontrou uma equipe que jogou em ritmo europeu. Resultado? Não houve partida", ironizou a crônica do jornal de Montevidéu.

"O Danubio encontrou uma equipe ágil, disposta a sempre jogar com toques de primeira, a cumprir aquilo que todo treinador pede: que corram sem a bola. Assim a equipe de Tite buscou passes cruzados e profundos, sempre com avanços de laterais, usando todo o espaço do campo. E a presença dos laterais e meias pelos dois lados geraram uma, duas, cinco chances de gol", complementou.

O Ovación destacou a péssima campanha do Danubio na Libertadores. O time não pontuou nos quatro jogos disputados. Os corintianos foram os "donos do jogo", apresentou o periódico, sem dar qualquer chance à equipe uruguaia.

A imprensa do Uruguai deu pouco espaço ao ato racista envolvendo o jogador Cristian González, do Danubio, e o volante Elias. O uruguaio chamou Elias de macaco, revoltando o corintiano em campo. Após a partida, Elias preferiu amenizar o caso, informando que não registraria Boletim de Ocorrência.