O desempenho de Paolo Guerrero dentro de campo coloca cada vez mais a diretoria do Corinthians contra a parede. Vinculado ao clube até o dia 15 de julho, o centroavante peruano vem sendo decisivo. Enquanto não chega a um acordo financeiro para renovar o contrato, o jogador mostra os motivos para ser a principal peça do elenco de Tite. Nesta quarta, ele fez três dos quatro gols na goleada do Timão sobre o Danubio, pela Taça Libertadores, mas voltou a cobrar o pagamento dos direitos de imagem em atraso.

– Estou feliz e me orgulho de carregar isso (símbolo) no peito. Corinthians virou minha vida, sou torcedor – afirmou.

Ainda na gestão Mário Gobbi, os representantes do jogador pediram US$ 7 milhões (R$ 23 milhões, nos valores atuais) em luvas, enquanto o Corinthians ofereceu US$ 4 milhões (R$ 13 milhões). A cúpula do futebol corintiano está disposta a pagar até US$ 5,5 milhões (R$ 18,3 milhões), parcelados ao longo de três temporadas, que seria o tempo do novo acordo. Os salários iriam de R$ 480 mil para R$ 500 mil.


– Deixo (a renovação) nas mãos dos meus empresários. Não quero falar nada. Estou tranquilo e focado. O mais importante é jogar bem. Temos de seguir e melhorar muitas coisas – desconversou.
Guerrero, porém, voltou a fazer uma exigência. O jogador quer receber os direitos de imagem que estão atrasados antes de passar a discutir a prorrogação de seu vínculo. O Timão não paga o montante há mais de quatro meses e busca um empréstimo no mercado financeiro para tentar quitar os débitos com o elenco.

– Como falei com Roberto (de Andrade, presidente do Corinthians), vamos resolver primeiro aquilo e depois começar a falar da renovação – disse.