O Corinthians podia ter alcançado uma goleada histórica na noite desta quinta-feira. No entanto, o 5 a 3 no Penapolense , pelo Campeonato Paulista , após abrir vantagem de cinco gols freou a comemoração alvinegra pelo bom resultado nos vestiários da arena em Itaquera. O treinador Tite admitiu incômodo com a oscilação da equipe nos 15 minutos finais, quando tomou três gols, mas enalteceu as três vitórias na maratona de jogos pelo Estadual.


“O jogo pode ser dividido em partes, uma de 75 minutos e os últimos 15. O sentimento nosso no fim do jogo foi da exigência, um nível de descontração baixo. Foi de aprendizado também. A gente faz um baita jogo, uma baita apresentação, e nos 15 minutos finais toma três gols. Valeu todo o conjunto da obra, inclusive esses últimos 15 minutos”, comentou o treinador.

A equipe alvinegra dominou a primeira etapa, quando chegou a abrir 4 a 0. Na defesa, Cássio ainda salvou os corintianos em ao menos três lances. A supremacia do time continuou na etapa final, com o quinto gol. Nos últimos 15 minutos, no entanto, os três gols tomados tiraram parte do brilho da vitória com quebra da invencibilidade alcançada no Pacaembu .

Apesar de ser bombardeado com perguntas pelos três gols tomados no segundo tempo, Tite chegou a levantar a voz, com bom humor, para exaltar a sequência corintiana na maratona no Campeonato Paulista. Até aqui, dos quatro jogos em uma semana, o Corinthians ganhou três: Capivariano, Portuguesa (com reservas) e Penapolense, sem repetir a escalação em nenhum jogo.

"Não posso deixar que 15 minutos tire a alegria dos dois jogos que a gente fez, duas vitórias ótimas com goleiros adversários fazendo defesas. Também não posso deixar de lembrar a melhor campanha corintiana em 45 anos de Campeonato Paulista. Não sou dono da verdade, mas gosto de externar a minha. Cara, os três jogos que a gente fez foi do mais alto nível. Ajustes e correções? Sim. São três grupos que a gente trabalha, os três jogos modificando toda a estrutura”, elogiou o técnico.

A maratona corintiana pode ser exemplificada em uma passagem relatada por Tite: o treinador confundiu ao dar instruções e chamou o lateral direito desta quinta de Edílson, que sequer entrou em campo. Teve que ser corrigido por um dos auxiliares, que lembrou que o titular era Fágner, ao contrário do jogo contra a Portuguesa.