Elias só não esteve em todas as convocações de Dunga desde que o técnico reassumiu a seleção brasileira porque os jogadores que atuam no país não foram chamados para os amistosos contra Turquia e Áustria, os dois últimos de 2014. Em 2015, o volante tem apresentado no Corinthians um rendimento muito superior ao do ano passado. Esse é seu trunfo para retomar a condição de titular da Seleção.
Na primeira convocação de Dunga, para enfrentar Colômbia e Equador, Elias ficou no banco, mas entrou em ambas as partidas no lugar de Ramires. No mês seguinte, foi titular diante de Argentina e Japão, graças aos cortes dos lesionados Ramires e Fernandinho. E na última lista do ano, Fernandinho aproveitou a ausência dos “brasileiros” e começou jogando.
- Sabíamos que naqueles dois jogos havia a situação dos clubes, mas que a confiança do Dunga nos jogadores que foram chamados do Brasil é muito grande. Houve lesões antes do jogo contra a Argentina que me colocaram como titular, e aproveitei da melhor maneira.
Mas além de Elias já ter atuado sob o comando de Dunga, também está a seu favor a boa fase do Corinthians no ano. A equipe venceu os cinco jogos que disputou na Libertadores. O volante fez gol em quatro deles. Em 2014, como ele foi contratado no meio do ano, não teve tempo de fazer pré-temporada. Esse período e a volta de Tite no lugar de Mano Menezes são apontados pelo jogador como essenciais para seu futebol ter deslanchado.

- A pré-temporada foi fundamental porque pude iniciar e estar igual a todos os jogadores. E a chegada do Tite mudou a filosofia de trabalho, é uma filosofia que me agrada bastante, de competir sempre. Estamos jogando no 4-1-4-1, variando para o 4-4-2. Ele me dá liberdade para chegar à frente, me cobra isso, e voltar a ser volante sem a bola – explicou.


Ciente de que pode ter que executar uma função mais conservadora na equipe de Dunga, o atleta, que tem em Fernandinho seu concorrente pela titularidade, não vê nenhum empecilho.

- Se estou aqui, é porque ele (Dunga) quer usar minhas características, mas sempre privilegiando o grupo. Se eu precisar ficar mais recuado e marcar, isso é seleção brasileira, haverá outros jogadores no ataque para decidirem as partidas.