No domingo de 15 de março, o jogo entre Palmeiras e XV de Piracicaba, no Allianz Parque, previsto para as 16h, foi adiantado para as 11h. A justificativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), da Polícia Militar (PM-SP) e da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi de que o efetivo da Tropa de Choque deveria estar concentrado na manifestação, marcada para o período da tarde daquele dia.

De acordo com a tabela do Paulistão, a tendência é São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos se classificarem em primeiro lugar em seus grupos e, portanto, disputarem as quartas de final (jogo único) como mandantes. Segundo o regulamento da FPF, em caso de classificação dos três grandes da capital, o pior colocado entre eles terá de mandar seu jogo no interior (para evitar dois jogos na capital no mesmo dia). Assim, haveria um jogo na Baixada Santista, um no interior e dois na capital. Em princípio, duas partidas acontecerão no sábado (11/4) e outras duas no domingo (12/4). Fato é: haverá um jogo na capital no sábado e outro no domingo.

Em contato com a reportagem do LANCE!, todos os órgãos responsáveis pelas partidas do Campeonato Paulista alegaram "estar muito cedo" para falar sobre uma eventual alteração nas datas ou nos horários dos jogos.

A SSP-SP informou ainda não ter recebido quaisquer pedidos da PM-SP. Esta, por sua vez, disse ainda não ter informações suficientes sobre o protesto.

O Movimento Brasil Livre, um dos principais articuladores dos atos contra o governo de Dilma Rousseff, promete, para o dia 12/4, um protesto maior do que o do dia 15/3. Neste, mais de 210 mil pessoas foram às ruas de São Paulo, de acordo com o Datafolha.

Segundo apuração do L!, a FPF não pretende alterar tão facilmente a tabela do Paulistão. Diretor de Segurança e Prevenção da Federação Paulista de Futebol, o coronel Marcos Marinho falou que "temos poucas datas disponíveis. Vai de conversar (com os órgãos de seguranças). Mas não há hoje a projeção de mudarmos a tabela".