21/3/2015 08:18

Campeão brasileiro, armênio da luta se encanta pelo país e vira corintiano

No Brasil desde 2012, Eduard Soghomonyan se apaixona pela cultura tupiniquim e já começa a fazer história após obter passaporte esportivo. Atleta aguarda naturalização

Campeão brasileiro, armênio da luta se encanta pelo país e vira corintiano
Eduard sobe no lugar mais alto do pódio na premiação do Brasileiro no último fim de semana (Foto: Divulgação/CBLA)

Uma viagem a passeio pelo Brasil em 2012 mudou a vida do lutador armênio Eduard Soghomonyan. A convite de um amigo compatriota com raízes brasileiras, o atleta, então com 22 anos, topou o desafio de conhecer a terra do samba e do futebol. O que era para ser uma viagem de férias acabou sendo a sua mudança em definitivo. Apaixonado pelo país, o atleta fincou raízes em São Paulo, tornando-se mais um integrante da fiel torcida corintiana. De posse do passaporte esportivo brasileiro, Eduard aguarda agora pelo fim do seu processo de naturalização, o que o permitirá tentar a classificação para o Pan de Toronto e para as Olimpíadas do Rio - ele atualmente só pode disputar competições nacionais e os eventos internacionais promovidos pela United World Wrestling (UWW).

- Cheguei ao Brasil em 2012, por causa do amigo Ricardo Mikaelian. Ele é armênio, mas tem familiares aqui e sempre me falou bem do país. Acabei gostando e resolvi ficar, mesmo porque eu sabia que o Brasil tem uma tradição forte em lutas como o MMA e o jiu-jítsu. Só não sabia que tinha a luta olímpica, que já era o meu esporte. Procurei a Confederação e passei a treinar desde então. Consegui o passaporte esportivo este ano e estou muito feliz - contou Eduard Soghomonyan, campeão brasileiro na categoria até 130 kg do estilo greco-romano, no último final de semana, no Rio.

A paixão pelo Brasil foi à primeira vista. Acostumado ao clima frio da ex-república soviética e a um povo mais retraído, Eduard afirma ter sido bem recebido pela nação brasileira desde o seu primeiro dia no país, o que foi determinante para a sua permanência.

Atleta de 25 anos tem se ambientado bem aos costumes do país (Foto: Reprodução Instagram)

- O Brasil é um país muito bom, porque não tem guerra e todo mundo te recebe bem, independentemente da sua origem. Na Europa, é comum você ser discriminado por ter nascido em tal lugar. Antes de vir para cá, a única coisa que eu sabia sobre o Brasil é que é o país do samba e do futebol. Não imaginava encontrar um lugar tão legal para se viver - disse o lutador de 25 anos, que ainda carrega forte sotaque armênio quando fala português.

Soghomonyan chegou a São Paulo no primeiro semestre de 2012, exatamente numa das épocas mais vitoriosas do Corinthians. Simpatizante do Timão desde quando ainda morava na Armênia, o atleta passou a integrar o "Bando de Loucos", sendo presença constante nos jogos do Timão desde então.

- Já gostava do Corinthians antes de vir para o Brasil por influência do amigo que me trouxe para cá, que é corintiano. Ele me deu uma camisa do Ronaldo e passei a torcer pelo Corinthians. Chegando no país, pude finalmente me tornar um torcedor de verdade. Ainda por cima, peguei a fase da conquista da Libertadores de 2012. Fui a quase todos os jogos no Pacaembu e isso serviu para eu ficar ainda mais apaixonado - revelou ele, que acredita que o Timão está no caminho certo para conquistar o bi continental este ano.

- O time atual está muito bom e tem o principal que é o treinador. Não entendo até hoje porque tiraram o Tite, um dos melhores técnicos de futebol que eu já vi. Hoje o Corinthians faz frente a qualquer time do mundo - elogiou.

Armênio (à esquerda) confia no bicampeonato da Libertadores do Timão (Foto: Reprodução Facebook)

Empolgado com o atual momento da luta olímpica brasileira, Eduard ressalta que o país está no caminho certo para se tornar forte no esporte, que tem a paulista Aline Silva como o seu principal nome.

- Tenho visto como a luta tem crescido no Brasil, com os atletas brasileiros ganhando cada vez mais títulos em competições internacionais. Eu mesmo consegui ajudar ganhando um bronze no Grand Prix. Meu intuito é esse, ajudar o Brasil. Estou me dedicando muito aos treinos e uma classificação às Olimpíadas seria apenas a consequência desse trabalho. Estão acreditando muito em mim, eu espero retribuir da melhor forma - finalizou.



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