Alexandre Pato não está no Corinthians, e isso tem muito a ver com a tentativa mal executada de cavadinha em um pênalti na Copa do Brasil de 2013. O atacante errou caricatamente no desempate contra o Grêmio, o que revoltou os companheiros, o treinador e a torcida. O episódio foi recordado por Fábio Santos.

“É. Naquele dia, ficou difícil segurar para não baterem no Pato. O (goleiro reserva) Danilo Fernandes estava bem chateado. Uns dois ou três estavam bem bravos”, afirmou o lateral esquerdo, em entrevista à Fox Sports. “A gente já sabia que ele ia apanhar muito da imprensa, a torcida já queria bater nele, jogador já queria bater nele. Se não tem dois ou três para segurar a bronca ali...”

De acordo com Fábio Santos, ele mesmo foi um dos que intercederam para proteger o atacante. O técnico Tite teve de ser contido após a derrota na disputa por pênaltis vencida pelo Grêmio, em Porto Alegre. Meses depois, Pato estava fora do Corinthians, envolvido em troca com o São Paulo por Jadson.

“Eu e o Alessandro falamos para o Tite não exagerar tanto na briga. Naquele dia mesmo, o Tite educadamente deu uma bronca nele que ficou marcada. Infelizmente, foi uma atitude que ele teve.

Quanto mais você proteger o jogador dentro do grupo, melhor. Lógico que tem que dar a bronca, mas não no calor ali. No outro dia, você conversa”, comentou Fábio.

Apesar da má recordação, o jogador não veria problemas em ter Pato como companheiro no Corinthians novamente. O atacante está emprestado ao São Paulo até o final desta temporada, e seu contrato com a agremiação do Parque São Jorge expira no final de 2016.

“O nosso grupo é muito bom, e o menino é super do bem. Só faz mal para ele mesmo essa questão de (não) se dedicar um pouco mais dentro de campo. Ele chega cedo, treina, não dá trabalho, escuta numa boa tudo o que você fala. É um talento que tem aí, e são raros os talentos aí. Por causa dele mesmo ele está nesta situação de não estar na Seleção Brasileira e em um grande clube da Europa”, disse o lateral.

Fábio reiterou que o salário ganho por Pato – até hoje, pago em 50% pelo Corinthians – não foi o problema de seu fracasso em preto e branco. “A gente nem sabia quanto ele ganhava. A gente veio a saber quando aconteceu a troca com o Jadson. Aí, falou: ‘Pô, por isso que ele ficava daquele jeito. Oitocentos pau!’”, exclamou, em tom de brincadeira.