A Participação do agora superintendente de futebol do Corinthians, Andrés Sanchez, em um programa da ESPN, nesta segunda-feira, serviu para o dirigente rebater uma antiga frase do ex-presidente atleticano Alexandre Kalil para a mesma emissora. Na ocasião, em 2013, Kalil disse que Andrés admitiu a ele que "ganharia" um estádio para articular o fim do Clube dos 13.

Mas segundo o dirigente corintiano, isso nunca aconteceu. “Nisso ele faltou com a verdade. Não disse que ganharia estádio. Eles (Clube dos 13) que continuassem sem o Corinthians. São todos grandes clubes (...). Levei fama que não é minha, nunca falei de ganhar estádio”, afirmou Andrés.


A construção do estádio do Corinthians, que serviu de palco para a Copa do Mundo, foi cercada de polêmica. Escolha inicial da Fifa, o Morumbi acabou preterido justamente em uma época em que o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tinha Andrés Sanchez como um aliado político. Posteriormente o dirigente corintiano iniciou o movimento que, com a adesão de outros times, acabou com o Clube dos 13.

No programa, Andrés voltou a dizer que a construção da Arena independia da Copa. Tanto que, de acordo com ele, receber seis jogos do Mundial em 2014 gerou prejuízo ao clube. "Fora o status, não valeu a pena (financeiramente). Muitas pessoas prometeram as coisas e não cumpriram. A Prefeitura disse que ia pagar isso e aquilo, e quem acabou pagando foi o Corinthians", disse.

Ele culpa a gestão pública por não ajudar o Corinthians a vender os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CID), incentivo fiscal para a construção do estádio em Itaquera.

A insatisfação nasceu do atraso da liberação dos CIDs, depois cresceu porque não houve interessados em adquirir os R$ 420 milhões em títulos - uma ação na Justiça questiona a legalidade do acordo. Sem o dinheiro e só com os papéis na mão, o Corinthians pede que a prefeitura compre os certificados para que não tenha ainda mais prejuízo. A gestão atual, de Fernando Haddad, rebate e diz que cumpre a lei.

O estádio alvinegro será palco, no ano que vem, de partidas de futebol dos Jogos Olímpicos. "Desta vez não vai ter prejuízo porque a gente aprendeu como fazer", garante Andrés, prometendo acordos diferentes na realização do evento.

Com informações da agência Gazeta Press