O estádio Luiz Franzini é daqueles que podem ser encontrados no interior de São Paulo ou nas séries A3, B1 do Paulista. Haverá quem enxergará semelhança com a Javari, do Juventus da Mooca, ou com o Nicolau Alayon do Nacional da Barra Funda. A verdade é que o palco do jogo contra o Danubio nesta terça-feira, pela Libertadores, é daqueles que o Corinthians não está mais acostumado. Ainda mais para quem, desde maio do ano passado, joga no estádio de abertura de uma Copa do Mundo.
Arquibancadas de cimento e sem cadeiras, cabines de imprensa modestas e pequenas, iluminação que não parece ser das melhores, placar eletrônico sem qualquer tipo de glamour, vestiário pequeno, bilheterias com espaços limitados... tudo muito diferente do que se vê no Brasil na Série A do Brasileirão.
Mas um estádio que faz parte da história do Corinthians. Há pouco mais de 12 anos, a equipe de Parque São Jorge atuava pela primeira - e única vez -, no acanhado estádio de capacidade para cerca de 18 mil pessoas. Na ocasião, porém, o adversário era outro clube uruguaio.
Em confronto válido pela 2ª rodada da fase de grupos da Libertadores 2003, o Timão venceu o pequeno Fênix, por 2 a 1. O zagueiro Fábio Luciano, já aposentado, abriu o placar logo aos 15 minutos. Campora empatou minutos depois, mas o meia Jorge Wagner faria o segundo gol alvinegro no segundo tempo, garatindo o triunfo e mais três pontos à equipe de Geninho.
A decisão do Danubio de não enfrentar o Corinthians em seu estádio (Jardines del Hipódromo) está relacionada à capacidade do mesmo (cerca de dez mil lugares), além da necessidade de uma autorização da Conmebol pelas dimensões. Contra o San Lorenzo, sabedores de que a presença dos torcedores argentinos seria significativa pela distância entre os país, os dirigentes do Danubio usaram o Centenário, principal estádio do Uruguai, com capacidade para cerca de 60 mil torcedores.
Desta vez, optaram pelo Luiz Franzini, do Defensor Sporting Club, um dos seus adversários na primeira divisão do futebol do país. Já há relatos de torcedores corintianos que compraram passagens aéreas e, neste momento, buscam ingressos para a partida que poderá deixar o Timão ainda mais perto da próxima fase da Libertadores. Se vencer, o Alvinegro fará nove pontos em três jogos.
FICHA TÉCNICA:
FÊNIX (URU) 1 X 2 CORINTHIANS
Competição: Copa Libertadores
Local: Luiz Franzini, em Montevidéu (URU)
Data: 19/2/2003
Árbitro: Carlos Torres (PAR)
Auxiliares: não disponível
Público/Renda: não divulgado
Cartão Vermelho: Fumagalli (COR)
GOLS: Fábio Luciano, 15'/1ºT (0-1), Campora, 23'/1ºT (1-1) e Jorge Wagner, 36'/2ºT (1-2)
CORINTHIANS: Doni; Rogério, Anderson, Fábio Luciano, Kléber; Fabinho, Fabrício, Vampeta, Jorge Wagner; Leandro e Liedson (Fumagalli). Técnico: Geninho.
FÊNIX: Caro; Cabrera, Aguiar, Carballo e Souza; Curbelo (Pellejero), Broli, González (Cortés), Campora, Hornos (Otero), Castellanos. Técnico: J. R. Carrasco.