Ralf conduz a bola durante partida entre Bahia e Corinthians


Ao longo dos próximos 30 dias, o Corinthians terá a oportunidade de resolver uma dívida de R$ 2,8 milhões com a empresa GP Sport Management, que cuida da carreira de Ralf. A pendência, referente à compra de 32,5% dos direitos econômicos do volante pelo alvinegro, já gerou uma ação judicial. Nesta quinta-feira, a juíza Adriana Benedito, da 36ª Vara Cível de São Paulo, concedeu um mês para que haja tentativa de acordo entre as partes.

A iniciativa de tentar um acordo não partiu do clube, e sim do estafe do jogador. Depois de afirmar na própria ação que não tinha interesse em uma conciliação, a própria GP Sports mudou de ideia e decidiu tentar uma composição amigável. O pedido foi feito no último dia 3, e acolhido na quinta.

Decorrido apenas um dia do prazo, o UOL Esporte apurou que as conversas pelo acerto ainda não começaram. Dentro do processo, o tom não é dos mais amigáveis: o Corinthians alega que quer vender o jogador, mas não consegue devido à situação atual do mercado do futebol – mesmo com a conquista do Mundial, não recebeu proposta satisfatória. Por isso, não pôde arcar com o valor.

Além de dever aos agentes de Ralf, o alvinegro também deve seis meses direitos de imagem ao próprio volante, além de premiações referentes ao ano passado. O valor chega perto de R$ 2 milhões.

Titular absoluto no time de Tite, Ralf, até hoje, não reclamou publicamente da situação. O momento financeiro do clube, entretanto, não incomoda só ele, mas também outros jogadores do elenco.

O Corinthians já avisou na ação judicial da GP Sports que tem interesse em uma solução amigável, e deve iniciar a conversa nas próximas semanas.

O desfecho do imbróglio pode ser determinante na permanência do volante no alvinegro: seu contrato vai até o final de 2015. A partir de junho, estará livre para assinar um pré contrato com outro clube.