A solidez do setor defensivo do Corinthians não é novidade, tem evoluído, inclusive, há anos. Uma das peças que participou deste aprimoramento hoje mora em Hamburgo, na Alemanha, onde defende o clube homônimo. Cleber Reis deixou o Timão em transação relâmpago em agosto de 2014, e considera a saída do Brasil no momento certo. O acerto com o time alemão gerou polêmica e está sob análise da Fifa.

"A proposta era boa, e eu também quis sair. Achei que era a hora de viver novas experiências na Europa", relembra o zagueiro em conversa com a Gazeta Esportiva.Net. "Queria viver novos ares. Aconteceram algumas coisas também, que chegaram ao meu ouvido e contribuíram", revela Cleber, despistando sobre o contexto que o tirou do Corinthians e garantindo que "não teve nada a ver com a diretoria" alvinegra da época.

O caso é que a transferência levanta suspeitas na Fifa, que investiga se o SEV/Hortolândia serviu apenas como ponte para levar Cleber ao Hamburgo. Logo após rescindir com o Timão, o zagueiro teria sido vinculado ao desconhecido clube do interior paulista antes de ir à Europa.

A entidade máxima do futebol entende que o Corinthians não tem culpa caso seja encontrada alguma irregularidade neste sentido. A negociação foi guiada pelo empresário do atleta, Fernando Garcia, que é figura frequente em transferências alvinegras.

Cleber custou 3,1 milhões de euros (cerca de R$ 9,3 mi à época) ao Hamburgo, mas o Timão não teve direito a um centavo sequer. "Não sabia como era, se o Corinthians tinha ou não parte dos meus direitos, porcentagem, sei lá como é isso", admite o zagueiro, que na ocasião era fatiado entre empresários.

Hoje ele tenta se reafirmar na Alemanha. Tendo voltado a jogar no último sábado, após meses recuperando-se de lesão, Cleber quer alçar voos altos. "Penso em dar o próximo passo aqui, evoluir, quem sabe chegar a um clube maior. Queria disputar uma Champions League, uma Liga Europa", projeta.

Ainda que sonhe com o topo no Velho Continente, ele revela desejo de retornar logo ao país de origem. "Saí novo do Brasil para voltar novo, para quando voltar os caras não dizerem que eu já estou velho. Penso, sim, em voltar. E se o Corinthians me chamar eu volto correndo", brinca o zagueiro de 24 anos.