Alexandre Pato tem sido uma das raras fontes de alegria do São Paulo na temporada. Por isso, o departamento de marketing promete apresentar plano audacioso para comprar o atacante que pertence ao Corinthians no fim deste ano.
A estratégia traçada pelos dirigentes passa diretamente pelo programa de sócio-torcedor, que enfrentou alguns problemas nas últimas semanas, mas que é visto como a grande salvação dos cofres são-paulinos. Caminho semelhante foi seguido pelo Palmeiras recentemente.
O presidente Carlos Miguel Aidar deve ser procurado nos próximos dias para aprovar ou vetar o projeto. A ideia é estabelecer um número de sócios – que deve girar entre 100 mil e 200 mil - para ser alcançado até dezembro e, assim, usar os recursos gerados pelas novas adesões na compra de Pato junto ao Corinthians.
No segundo ano de empréstimo ao Tricolor, a multa do atacante fica em dez milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões). O São Paulo crê que pode negociar com o rival e diminuir o valor até para oito milhões de euros (R$ 24 milhões) e ainda tem a chance de ver o próprio Pato aliviar o preço.
O astro é dono de 40% dos próprios direitos econômicos e pode abrir mão da multa se quiser seguir no Morumbi. Se os tricolores deixarem dezembro passar, os corintianos terão o direito de fixar outro valor nas negociações.
A tarefa com os sócios, porém, promete ser árdua. O programa andou abandonado nos últimos anos e voltou a receber atenção da diretoria só nesta temporada. Com as chegadas de Dória e Centurión, por exemplo, foram dez mil novos sócios somente em fevereiro e o programa bateu a casa dos 53 mil aderidos (o Palmeiras tem 100 mil).
Torcida ainda não abraçou o time de vez nesta temporada
Por isso, o marketing planeja explorar ao máximo a imagem de atletas mais próximos à torcida, principalmente Pato e Centurión, para fazer com que os números cresçam. As promoções de ingresso na Libertadores (três jogos por R$ 100) e no Paulistão (de R$ 15 a R$ 20) também são armas. Na última terça-feira, Pato concedeu entrevista coletiva no CT da Barra Funda e evitou falar sobre o futuro.
- Vou esperar até o último momento para definir tudo. Tenho coisas muito mais importantes para pensar, Libertadores, Paulista, clássicos. Esses objetivos estão antes do que decidirei no fim do ano. Vai demorar muito, podem acontecer muitas coisas. Eu só quero jogar pelo São Paulo, continuar fazendo gols e ajudando meus companheiros - prometeu.