Na manhã desta segunda-feira, dirigentes dos quatro grandes clubes de São Paulo e autoridades se reuniram na Secretária de Segurança Pública para discutirem sobre combate à violência nos estádios de futebol. O vice-presidente do Corinthians, Jorge Kalil, admitiu que há a proposta de torcida única, mas enfatizou que nenhuma decisão foi tomada.

“Foi feita uma proposta sobre torcida única, mas nada está resolvido. Não pode haver imediatismo. O que foi mais discutido foi a relação de todos os clubes com organizadas. Isso tem que ser repensado. Temos que conversar com as lideranças para que o problema, que já é da sociedade, seja resolvido”.

A biometria na entrada dos estádios foi uma sugestão que chamou a atenção do dirigente. “A biometria foi uma proposta muito interessante. Mas quem vai arcar com esses custos? Os clubes não têm condição. Vamos estudar essa possibilidade. Creio que seria uma solução interessante”.

Porém, Kalil fez questão de ressaltar que nada foi resolvido, e que outro encontro será feito para consolidar as medidas. “Foi proposto que todos os envolvidos aqui tragam propostas na próxima sexta-feira, sugestões de medidas preventivas e punitivas. O objetivo é acabar de uma vez com a violência. Trouxemos um estudo que mostra que o Brasil é o primeiro no ranking de violência no futebol, o que é inadmissível. O ministério público, os clubes, a imprensa, as federações, todos têm que ajudar a banir a violência no esporte”.

Além dos vice-presidentes do Corinthians, Jorge Kalil, e Palmeiras, Genaro Marino, estiveram presentes na reunião os mandatários de São Paulo e Santos, Carlos Miguel Aidar e Modesto Roma Jr, respectivamente. Membros do Ministério Público, Polícia Civil, Secretária de Segurança Pública e Federação Paulista de Futebol também marcaram presença no encontro.