A diretoria do Corinthians ganhou o apoio do técnico Tite para resolver o maior problema do clube neste primeiro semestre de 2015. Após a vitória sobre o São Paulo, domingo, no Morumbi, pelo Paulistão, o treinador disse que torce para que dirigentes e o centroavante Paolo Guerrero entrem em acordo financeiro pela renovação de contrato.
– Vocês nos colocam em saia-justa (risos). Eu torço (para renovar). É um cara que sabe quando é cobrado, quando erra. O técnico diz, e ele aceita. Torço para que fique, é identificado – afirmou.
O assunto se arrasta no Corinthians desde meados de 2014. As conversas entre os representantes do jogador e o então presidente Mário Gobbi Filho não caminharam. Pior, tiveram um retrocesso desde que a direção anterior entrou em atrito com o empresário Bruno Paiva durante as negociações para contratar o atacante Dudu, hoje no Palmeiras.
A discórdia está nos valores. Guerrero pediu R$ 18 milhões para renovar, além de subir seus salários de R$ 480 mil para R$ 500 mil. O Corinthians aceitou o montante mensal, mas não concordou com o dinheiro referente às luvas, uma espécie de premiação por renovar. O clube ofereceu R$ 13 milhões.
O argentino Centurión tenta desarmar o peruano Guerrero, no jogo São Paulo x Corinthians
A entrada de Roberto de Andrade na presidência renovou a esperança alvinegra de segurar o peruano pelos próximos três anos. O dirigente, de bom relacionamento com os agentes do jogador, quer reiniciar as conversas. As partes devem se encontrar nos próximos dias para discutir os termos.
Tite está preocupado com a possibilidade de perder seu principal atacante durante a Taça Libertadores. Guerrero tem contrato até 15 de julho e, caso não renove, não terá condições legais de atuar sequer nas semifinais da competição, se o Corinthians se classificar.
Apesar do discurso otimista, os dirigentes corintianos reconhecem internamente que não será fácil segurar o goleador. Na avaliação deles, Guerrero tem boas ofertas do exterior e, por isso, faz jogo-duro pelos valores. No fim de 2014, o Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, surgiu como um dos interessados.