“Prazer, Danilo Gabriel de Andrade. Mas pode me chamar de seu carrasco”. Se não assim, de que forma o camisa 20 corintiano poderia se apresentar aos torcedores do São Paulo, clube pelo qual inclusive foi campeão mundial em 2005? Chega a assustar constatar o quanto o meio-campista de 35 anos cresce quando entra em campo para enfrentar os principais rivais alvinegros. Principalmente o São Paulo.
Danilo marca novamente e confirma apelido de "rei dos clássicos"
Foto: Miguel Schincariol / Gazeta Press
Mas não deu certo. Bastaram 11 minutos para que o corintiano se posicionasse na meia lua da grande área, esperasse pelo cruzamento de Guerrero e cutucasse a bola, com extrema de categoria, no canto esquerdo de Rogério Ceni. Foi gol! De Danilo! De novo! Não houve uma pessoa que não tivesse personificado o termo “carrasco” ao ver o atleta correndo, com os braços abertos, para comemorar mais um balanço de rede contra o São Paulo.
Foi a sexta vez que Danilo deu alegrias aos corintianos e frustrou os tricolores com gols no clássico. Na primeira delas, em um 4 a 3 alvinegro em 2010, o meia também inaugurou as redes como jogador do time de Parque São Jorge. Desde então, o camisa 20 fez um golaço no histórico 5 a 0 de 2011, anotou o gol da vitória por 1 a 0 no Paulista de 2012, marcou o primeiro do 2 a 1 do Corinthians também pelo Estadual, mas em 2013, e foi as redes no segundo jogo decisivo da Recopa Sul-Americana, há duas temporadas. Ufa!
Talvez por isto Tite tenha relutado em tirá-lo do time para a partida deste domingo. Guerrero voltava ao time (depois de, suspenso, ver Danilo ocupar a sua posição no clássico contra o São Paulo pela Libertadores), e a tendência era a de que o camisa 20 começasse no banco. Mas Renato Augusto se lesionou diante do San Lorenzo, e uma vaga no meio de campo ficou aberta. Era o sinal de que Danilo deveria jogar? Quando Guerrero lhe cruzou a bola praticamente na primeira investida ofensiva alvinegra na partida, ficou provado que sim.
A soma Danilo + Corinthians parece ser letal ao time tricolor.