Uma reunião convocada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre Moraes, marcada para a próxima segunda-feira, deve ser o pontapé para a criação de uma política de combate à violência ligada ao esporte no estado. O encontro contará com o promotor Paulo Castilho, o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, e os mandatários dos quatro grandes clubes paulistas.

Castilho quer o fim de medidas paliativas e pede um projeto concreto para combater a violência. Ele demonstrou irritação com o pouco apoio recebido até então.

– A minha paciência terminou. Só estou dentro se for criada uma política, senão farei só meu trabalho como promotor. Ninguém sabe mais de torcida organizada do que eu. Não adianta mais medidas paliativas e pontuais, que foi o que eu sempre fiz e o que esteve ao meu alcance. Se você tem uma doença, ou você trata e cura, ou entrega o paciente.

Para o promotor, é preciso que haja envolvimento dos mais altos níveis de poderes do estado, como o governador Geraldo Alckmin e o desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo.

– Precisamos parar de enxugar gelo – concluiu Castilho, que teve rejeitada a ideia de torcida única no clássico entre Palmeiras e Corinthians, pelo Paulistão.