2/3/2015 10:40

Contra San Lorenzo, Marcelinho sofreu pressão por batom e briga com Rincón

César Prates em duelo contra o San Lorenzo; Corinthians acabou eliminado

Contra San Lorenzo, Marcelinho sofreu pressão por batom e briga com Rincón

"Marcelinho parece, mas não é", publicava o jornal A Gazeta Esportiva na semana em que o Corinthians começaria a enfrentar o argentino San Lorenzo pela Copa Mercosul de 1999. A fotografia abaixo da manchete chamava ainda mais atenção - Marcelinho Carioca, olhando fixamente para o espelho de um dos camarins da TV Gazeta, passava um brilho transparente nos lábios com o auxílio da maquiadora Cida Borysovas.

O batom causou polêmica antes mesmo de Marcelinho Carioca pisar no gramado do Estádio Nuevo Gasómetro, o mesmo onde o Corinthians reencontrará o San Lorenzo na noite de quarta-feira, agora pela Copa Libertadores da América. Igualmente ídolo corintiano, o então goleiro Ronaldo não aceitou a justificativa de que o amigo precisava estar bem produzido para se apresentar na televisão com o seu grupo de pagode gospel, o Divina Inspiração. "É estranho. Os caras do rock não usam isso. É coisa da turma do samba. Quando ele voltar da Argentina, vamos ter uma conversa séria", brincou o atleta e roqueiro, à época líder da banda Ronaldo e os Fora da Lei.

A discussão se estendeu a profissionais de outras áreas. "Que viadagem. Sou fã dele, mas, se vier falar comigo, vou dizer que é coisa de boiola. Para mim, ninguém tem coragem de sugerir uma coisa dessas (passar batom)", recriminou o boxeador Maguila. Havia quem defendesse Marcelinho Carioca. Torcedor ilustre do Palmeiras, o fofoqueiro Leão Lobo assegurou que o jogador era "facão" em participação no programa Mulheres, da TV Gazeta, e ainda especulou sobre um romance com a dançarina Carla Perez.


Marcelinho passou batom antes de enfrentar o San Lorenzo em 1999. E virou polêmica


O meia exagerou na demonstração de macheza diante do San Lorenzo. E dançou. Após se classificar para as oitavas de final daquela Copa Mercosul apenas por meio do sorteio (o Boca Juniors acabou eliminado) e mesmo sem os baianos Edílson e Vampeta, poupados, o Corinthians do agora palmeirense Oswaldo de Oliveira até chegou a empolgar com um golaço marcado por Ricardinho. Mas o desafeto Marcelinho colocou tudo a perder ao protestar com palavrões por uma falta mais dura de Córdoba em cima de Fernando Baiano e acabar expulso.

"Só fui defender o Fernando", alegou Marcelinho, enquanto o Corinthians sofria a virada com gols de Romagnoli (que ainda hoje defende o San Lorenzo) e do próprio Córdoba. "Marcelinho entrega", definiu A Gazeta Esportiva do dia seguinte, atribuindo uma nota 1 ao jogador que tirava o seu batom das manchetes, mas as mantinha borradas com o cartão vermelho.

Capitão daquele Corinthians, Freddy Rincón não aceitou a desculpa de Marcelinho. O colombiano tinha certeza de que o companheiro forçara a expulsão para não jogar a partida de volta com o San Lorenzo e resolveu tomar satisfações ainda em campo. A situação piorou a portas fechadas, conforme o centroavante Luizão contou à Gazeta Esportiva em uma entrevista de 2010. "A gente estava ganhando por 1 a 0, jogando bem pra caramba, e o Marcelinho não queria participar da próxima partida. Aí, acabou expulso ainda no primeiro tempo. Quando o jogo acabou, o Rincón desceu correndo para o vestiário, p... da vida. O Maurício e o Vampeta voaram para tentar apartar. Mas como a gente conseguiria segurar aquele negão?", recordou.

Ainda de acordo com Luizão, o meia não conseguiu escapar da agressão física no Nuevo Gasómetro. "O Rincón foi para cima e arremessou o Marcelinho naqueles armários de ferro do estádio do San Lorenzo. Deve ter doído muito. Depois, os mais fortes do elenco finalmente conseguiram conter o Rincón. Eu não tinha condições de fazer isso", complementou, aos risos.

Marcelinho se recuperou rapidamente do golpe. Menos de 48 horas depois da derrota na Argentina, ele marcou os gols do Corinthians no empate por 2 a 2 com o Atlético-PR, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro que seria vencido por sua equipe. "Isso faz parte da minha vida. Quando a crítica vem, sempre respondo dentro de campo. Há muito tempo não era expulso e ganhei uma consciência profissional", bradou, negando que tenha provocado revolta entre os seus colegas. "Nem o Rincón nem ninguém me cobrou nada. Meu comportamento de vida não permite esse tipo de coisa."

O fato é que o Corinthians acabou eliminado da Copa Mercosul sem Marcelinho Carioca. Com o jovem Edu (hoje gerente de futebol) como substituto no meio-campo, a equipe liderada por Rincón voltou a ser batida pelo San Lorenzo por 2 a 1, outra vez de virada, no Pacaembu. Edílson abriu o placar, e Franco e Romeo (atual managerdo time argentino) fizeram os gols dos visitantes. Oswaldo de Oliveira deixou o gramado chamado de "burro".

Naquela mesma noite da eliminação, Marcelinho Carioca aproveitou a folga para comparecer ao programa Quarta Total, da Rede Record, apresentado por Gilberto Barros. Não se sabe se ele passou novamente o seu polêmico brilho nos lábios antes de entrar em cena.


VEJA TAMBÉM
- Depay agradece Neto e destaca importância após Corinthians x Athletico-PR
- Hugo Souza define vínculo e vencimentos com Corinthians, declara André Hernan:
- Depay envia mensagem para Craque Neto após marcar golaço de falta no Corinthians.









6639 visitas - Fonte: ESPN

Mais notícias do Corinthians

Notícias de contratações do Timão
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou Conecte com Facebook.

Últimas notícias

publicidade

Copa do Brasil

Dom - 16:00 - Neo Química Arena -
X
Corinthians
Flamengo

Brasileiro

Qui - 20:00 - Neo Química Arena
5 X 2
Corinthians
Atletico Paranaense
publicidade
publicidade
publicidade