26/2/2015 09:30
Família e contrato pouco rentável na China levam Jadson a ficar no Timão
Vontade dos parentes de permanecer no Brasil e salário não muito maior do ele recebe no Corinthians foram determinantes para o armador recusar a oferta
Jadson parou, pensou e decidiu permanecer no Corinthians pelo menos até o fim deste ano. O meio-campista, em alta com as boas atuações neste início de temporada, consultou a família, colocou na ponta do lápis os valores da negociação e percebeu que a mudança para o Jiangsu Sainty, da China, não era tão vantajosa assim.
Os € 5 milhões (R$ 16,2 milhões) que os chineses estavam dispostos a investir na negociação agradaram a empresários e dirigentes corintianos, mas deixaram o armador em dúvida. Jadson esperava uma oferta salarial irrecusável, como aconteceu com Conca (R$ 2 milhões mensais), mas isso não aconteceu.
O jogador ganharia cerca de R$ 500 mil por mês, montante superior aos R$ 300 mil que recebe no Corinthians, mas não o suficiente para fazê-lo aceitar a proposta. Na hora de pesar prós e contas da transferência, percebeu que, financeiramente, o acerto não seria suficiente para compensar uma mudança tão grande na rotina da família, já adaptada à vida em São Paulo.
Jadson também teria direito a uma parcela dos 70% dos direitos econômicos – o Corinthians era dono de 30%. Na divisão entre ele e os empresários que cuidam de sua carreira, o jogador ficaria com aproximadamente R$ 3 milhões. Apesar de considerável, o montante não mexeu com a cabeça do meio-campista.
Aos 31 anos, Jadson tem a vida financeira resolvida depois de atuar sete anos no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, onde ainda hoje é idolatrado. Em resumo, pode se dar ao luxo de recusar propostas deste nível. Jogadores que atuaram com ele no São Paulo e no Corinthians acreditam que o armador é um dos atletas mais bem-sucedidos do país.
Jadson poderá recuperar o valor em breve. A partir de julho, ele fica livre para assinar um pré-contrato com qualquer equipe – o vínculo dele com o Timão vai até dezembro de 2015. Por conta disso, acredita que tem condições de conseguir uma boa quantia na negociação para renovar com o Corinthians ou no acerto com outra equipe.
O meia vinha relutando em aceitar o acordo desde a semana passada, quando foi comunicado da proposta. A diretoria do Corinthians e seus agentes ainda tentaram convencê-lo a aceitar, mas em vão. Jadson conversou com familiares e ouviu que, se posse possível, gostariam de seguir no Brasil.
Pesou também o bom momento técnico vivido no Corinthians. Reserva no fim do ano passado e cotado para ser liberado para o Flamengo no começo de 2015, Jadson virou uma das estrelas da equipe com Tite, atuando pelo lado direito no esquema 4-1-4-1. Desde que chegou ao Corinthians, em fevereiro do ano passado, não passava por uma fase tão boa.
Desta vez, com a esperança de coroar a carreira com o inédito título da Libertadores.
Se agradou a Tite com a permanência, Jadson manteve a diretoria com problemas financeiros. O Timão sofre com os cofres vazios, atrasando o pagamento do direito de imagem de jogadores e dos salários de funcionários.
Com a permanência do meia, o zagueiro Gil passa a ser o novo alvo de lucro dos corintianos no meio do ano, até porque o clube detém 90% dos direitos econômicos do defensor.
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