Com a contusão de Fábio Santos, Uendel passou a ser o único lateral esquerdo de origem à disposição do técnico Tite no Campeonato Paulista – o novato Guilherme Arana não foi inscrito no torneio. A situação deverá fazer o jogador acabar excluído do rodízio de titulares adotado pelo Corinthians, que prioriza a Copa Libertadores da América.


“Isso já aconteceu comigo na Ponte Preta. Joguei um ano todo sem ter um reserva, e não houve problema. Trabalho com a ideia de não me machucar, mesmo nunca sabendo o que acontecerá. É uma responsabilidade grande, mas vou me cuidar da mesma maneira de sempre”, comentou.

Animado com a sequência de jogos que tem pela frente, Uendel não reclamava quando era reserva de Fábio Santos. Ao contrário. Ele enaltecia a trajetória do amigo no Corinthians e também a filosofia implantada por seu comandante.

“O Tite trabalha não só com 11 jogadores. Ele deixa todos os atletas motivados. Sempre fala que devemos estar preparados para quando a oportunidade aparecer. É bom porque ninguém fica acomodado”, valorizou.

As oportunidades têm aparecido com mais frequência para os reservas, muito utilizados no Estadual. E Uendel aprovou: “A gente vê grandes equipes da Europa fazendo rodízio, e o futebol está cada vez mais globalizado. Sabemos que isso não é demérito algum, ainda mais em um clube do tamanho do Corinthians. Um atleta até poderia ficar chateado por estar no banco, mas o nosso grupo é muito experiente. Isso não acontece aqui. A rotatividade está dando certo, deixando todos ligados”.

Uendel precisará ficar ainda mais ligado. Fábio Santos só voltará a ficar à disposição em um mês e meio após passar por uma artroscopia para corrigir uma contusão no menisco do joelho direito. “Taticamente, o Corinthians não vai mudar muito comigo, porque o trabalho feito com titulares e reservas é o mesmo. É claro que tenho algumas características diferentes. Tomara que consiga deixar uma dúvida na cabeça do Tite”, sorriu o lateral esquerdo.