A lesão no joelho direito de Fábio Santos vai dar ao lateral-esquerdo reserva do Corinthians a grande oportunidade de aparecer e mostrar qualidade com a camisa alvinegra. Sempre tranquilo, Uendel foi titular no empate por 1 a 1 com o Ituano, domingo, e vai ter sua maior sequência de jogos desde que chegou ao clube, no início do ano passado. A intenção do novo titular é deixar ao menos uma dúvida na cabeça do técnico Tite.

– O futebol nunca avisa quando a oportunidade vai aparecer, e tenho de estar preparado para essa boa sequência. A oportunidade apareceu agora, vou encarar jogo a jogo, não importa se é Paulista ou Libertadores. Se eu fizer bons jogos, quem sabe não deixo uma pulga atrás da orelha do Tite? – disse Uendel.

Fábio Santos vai ficar pelo menos 45 dias fora, o que dará a Uendel cerca de 13 a 14 jogos em sequência entre Campeonato Paulista e Taça Libertadores – no estadual, o limite de inscrições de 28 atletas impediu a entrada de um terceiro lateral-esquerdo, Guilherme Arana, que está apenas na Libertadores.

- Para os grandes clubes, talvez não seja bom (limitar as inscrições). O Corinthians tem Paulista e Libertadores, precisa mesclar jogadores, e isso atrapalha. Por outro lado, é bom para os clubes do interior, que às vezes perde três, quatro jogos, e o dirigente manda todo mundo embora. Temos de nos adaptar a essa situação – analisou Uendel.

Apesar da oportunidade, o lateral fez muitos elogios ao titular da posição. Fábio Santos tem ajudado Uendel a melhorar seu desempenho, inclusive na parte defensiva.

– Houve evolução na parte defensiva. Todo jogador que se preza tem de buscar evolução, e no meu caso não foi diferente. Também não venho jogando tanto porque o Fábio é um dos melhores do Brasil na posição, pouca gente dá valor. É um líder, taticamente perfeito, que nunca dá brecha – afirmou o lateral.

Uendel deve fazer parte da equipe que enfrenta o Linense nesta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), em Lins, pelo Paulistão. Tite vai definir nesta terça o time que entra em campo, mas a tendência é que o comandante utilize força máxima.