13/2/2015 08:38
Lucro na fase de grupos da Libertadores pode viabilizar acordo com Guerrero
Djalma Vassão/Gazeta Press
Permanência do camisa 9 depende de alto investimento de um Corinthians que amarga crise financeira
Eliminar o Once Caldas na primeira fase da Copa Libertadores da América não só mantém vivo o sonho do bicampeonato, mas também dá alívio financeiro ao Corinthians. A expectativa é que o Timão arrecade cerca de R$ 10 milhões em sua participação na fase de grupos, valor que corresponde a pouco mais de metade do que Paolo Guerrero pede para renovar seu contrato.
A quantia soma as cotas de TV com a renda que vem das arquibancadas. O Corinthians recebe R$ 2,4 milhões para ceder seus direitos de transmissão, lucro que independe do desempenho nesta fase do torneio. É claro que o Timão arrecada mais a cada degrau do mata-mata caso sobreviva ao chamado ‘grupo da morte’ – que ainda tem São Paulo, San Lorenzo, da Argentina, e Danubio, do Uruguai.
O montante é multiplicado pelas partidas que serão jogadas na Arena Corinthians. No duelo da primeira fase, contra o Once Caldas, o Alvinegro arrecadou R$ 2,4 milhões ao vender cerca de 35 mil ingressos. Tomando este número como base, o lucro pode alcançar os 7,5 mi nos três jogos que o Timão terá como mandante no grupo 2 da Libertadores.
Em meio ao furacão de números está Guerrero, titular absoluto que exige R$ 18 milhões de premiação para ampliar seu contrato. O vínculo se encerra em junho e o Corinthians tenta convencê-lo o atacante a baixar a pedida. A nova diretoria terá nova conversa com os agentes do peruano na segunda-feira.
Em meses difíceis financeiramente, o Corinthians dá boas-vindas ao dinheiro que chega. O presidente recém-eleito, Roberto de Andrade, terá cerca de R$ 54 milhões de cotas de TV para manter o Corinthians durante 2015. Isto porque seu antecessor, Mário Gobbi, precisou recorrer à Rede Globo e antecipar cerca de R$ 70 mi para pagar folha salarial, impostos e contratações no último ano.
Os R$ 10 milhões referentes à fase de grupos da Libertadores aliviam a curto prazo, mas ficam longe de resolver a crise. A dívida saltou para R$ 313,5 milhões ao final de 2014 e tende a aumentar à medida que as parcelas do empréstimo feito junto ao BNDES comecem a vencer. Para pagar a construção da Arena, o Timão terá que desembolsar R$ 5 milhões mensalmente a partir de julho.
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