12/2/2015 16:17
Corinthians cobra Prefeitura de São Paulo pela emissão total dos CIDs
Roberto de Andrade pede que o Município resolva a questão com urgência". Clube alvinegro depende da negociação dos títulos no mercado para receber o dinheiro
Convidado do “Arena SporTV” nesta quinta-feira, o presidente Roberto de Andrade fez uma cobrança pública à Prefeitura de São Paulo a respeito da emissão dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) para a Arena Corinthians.
Dos R$ 420 milhões em títulos, que poderão ser adquiridos por empresas no mercado imobiliário para a equitação de ISS (Imposto Sobre Serviços) e IPTU (Importo Predial e Territorial Urbano), cerca de R$ 40 milhões estão faltantes. Até o fim de 2014, R$ 380 milhões foram liberados, referentes ao projeto de Lei 288/2011, que previa incentivos fiscais para a construção do estádio da abertura da Copa do Mundo.
- Lembrando que a Prefeitura nos prometeu CIDs desde o início, de R$ 420 milhões, depois ficou a promessa que seriam pagos depois da Copa, mas até agora não nos deram. Isso faz com que estejamos pagando dívidas. Cada dia que Prefeitura deixa de nos dar os CIDs, vamos aumentando um pouquinho a dívida. Por favor, Prefeitura, vamos resolver isso - pediu.
A partir de julho, o fundo que administra a Arena Corinthians terá de pagar R$ 5 milhões ao mês destinados ao BNDES – o banco fez um empréstimo de R$ 400 milhões para a construção do estádio. No ano que vem, a conta vai aumentar. Serão mais R$ 5 milhões por mês – R$ 10 milhões no total –, porque o Corinthians vai começar a pagar também despesas referentes à Copa do Mundo e juros acumulados durante as obras. Fora os R$ 420 milhões que serão pagos com os CIDs, o Timão terá de pagar ainda cerca de R$ 750 milhões.
Uma receita que ajudará neste pagamento é o acordo de “naming rights”, que seguem sendo negociado pelo antigo presidente Andrés Sanchez. Até o momento, o clube não consegui fechar acordo com quem pague R$ 400 milhões pelo contrato de 20 anos.
- Começamos a busca para vender o nome desde que foi colocado o primeiro caminhão de areia em Itaquera. Não foi feito (o acordo) não porque não quisemos, mas é que algumas empresas que avançamos a negociação mudaram. A economia mundial atravessa um momento difícil, também encontramos dificuldades para negociar. Não estamos de braços cruzados. Em um futuro bem próximo estaremos anunciando a venda do nome. Estamos conversando com duas empresas e não chegamos a valores.
Estamos definindo as marcas, o que temos para negociar. Não é só nome. Pode ser que em breve teremos um resultado positivo - projetou.
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