A caminhada corintiana na Libertadores de 2015 iniciou de forma promissora, depois da goleada por 4 a 0 sobre o Once Caldas em casa. Mas está só no início. Até por conta disso, Tite evita colocar o campeão continental de 2012 como referência para o atual elenco, que tenta o segundo título da história do clube na competição.

"O passado é passado. Agora são atletas diferentes. O passado serve como referência, traz orgulho, mas agora é outra etapa, com metade do grupo diferente. Pode emprestar alguma coisa, mas é outra essência", disse o treinador na entrevista coletiva da véspera ao jogo de volta da fase pré-grupos contra os colombianos.

Porém, mesmo querendo separar os dois times no tempo, Tite pode ter um veterano e campeão há três anos como um dos pilares para fazer com que o passado glorioso se torne presente novamente.

Aos 30 anos, Ralf é sinônimo de Libertadores no Corinthians. Afinal, ele disputou todos os 33 jogos que o time alvinegro fez desde 2010 no torneio continental. Ele só não esteve em campo por dois minutos, já que foi substituído aos 43 minutos do segundo tempo da partida de ida das oitavas de final contra o Boca Juniors em 2013. O atleta esteve nos gramados em 2968 minutos de 2970 minutos possíveis.

Com o volante, o time participou em cinco das seis últimas edições do torneio, incluindo a eliminação para o Tolima na fase pré-grupos em 2011. Durante este período, Corinthians e Ralf só não jogaram uma partida sequer da Libertadores em 2014.

De 2010 para cá, a equipe alvinegra, sempre com o meio-campista - que é um dos líderes do elenco no qual está há cinco anos-, conseguiu 19 vitórias, dez empates e apenas quatro derrotas.

O retrospecto pode melhorar ainda mais nesta quarta, quando o Corinthians visitará o Once Caldas no estádio Palogrande, em Manizales, pelo confronto de volta. O time paulista pode perder por três gols de diferença - ou até quatro, desde que balance a rede - que se garantirá na fase de grupos da Libertadores.