Hoje o coadjuvante das partidas de futebol, Dario Ubríaco, que apitará o duelo de volta entre Corinthians e Once Caldas, já esteve acostumado com o protagonismo. E isso não está relacionado com o fato de o uruguaio ter apitado a decisão da última Copa Sul-Americana entre River Plate e Atlético Nacional, mas, sim, porque já foi jogador.


Revelado pelo Central Español, Ubríaco chegou a disputar a primeira divisão do Campeonato Uruguaio pela equipe com a qual esteve entre 1986 e 1992. Depois, tentou a sorte em alguns países da Europa, como Itália, Inglaterra e Escócia, segundo informou em entrevista ao jornal de seu país El Observador.

Porém, em meio à carreira de atleta, o defensor acabou cedendo para uma paixão ainda maior dentro do esporte. "Eu sempre gostei da arbitragem, desde garoto. E, na realidade, jogando futebol não se pode apitar. Quando optei pela arbitragem, foi porque também meu tempo chegava ao fim. Ou seja, tinha 25 anos e era o limite para fazer o curso de juiz. E, naquele momento, me decidi pela arbitragem", contou em entrevista ao site Goal.com.

Com o apito, Ubríaco conseguiría um papel de maior destaque no futebol sul-americano. Além de alcançar o mais alto escalão no cenário doméstico, ele virou juiz internacional em 2008 e esteve em competições com o Mundial sub-20 de 2011, na qual participou de uma das quartas de final.

Aos 43 anos, o uruguaio vive grande fase na carreira e, não à toa, foi escalado para a grande final da segunda maior competição de clubes do futebol sul-americano. Agora, no início da temporada, terá a missão de comandar um duelo entre dois campeões continentais que definirá um classificado à fase de grupos da Copa Libertadores.

O que torna o duelo desta quarta-feira, às 22h (de Brasília), me Manizales, mais tranquilo - ou não - para Ubríaco é o fato de o Corinthians ter goleado por 4 a 0 na ida e poder perder por até três gols de diferença (ou quatro, desde que balance a rede) que ficará com a vaga.

Porém, se depender do cenário da partida de ida, ele não terá vida fácil. Afinal, o argentino Patricio Loustau expulsou três jogadores (Guerrero, Fábio Santos e Murillo) e teve de lidar com as reclamações ao longo dos 90 minutos.

Histórias para contar

Apesar de breve, a carreira do árbitro uruguaio como jogador teve boas histórias. Em uma delas, contada ao El Observador, citou a amizade com o renomado zagueiro Paolo Montero, que o ajudou na Itália, quando atuava no Atalanta.

Certa vez, Montero era questionado pela torcida, que foi atrás dele após um jogo contra o Piacenza. No fim, os dois e o pai de Montero se envolveram em uma confusão com os fãs. A bagunça foi acabar na delegacia.