Ronaldo é o terceiro homem a mais ter atuado pelo Corinthians, com 604 jogos

Há 27 anos, o Corinthians conhecia não só o goleiro que traria muitas felicidades e títulos, mas também um dos nomes mais importantes de toda a história do clube do Parque São Jorge: o goleiro e ídolo Ronaldo Giovanelli.

Na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, o Corinthians faria um jogo amistoso para se preparar para o Campeonato Paulista contra o São José. Segundo Ronaldo, aquele era um jogo com clima festivo, pelo fato de que o time do São José havia conquistado o acesso para disputa do Campeonato Paulista de 1988.

Na época, Ronaldo era o terceiro goleiro do clube. No entanto, com Waldir Peres lesionado e Carlos servindo a seleção paulista, o arqueiro obteve a chance de estrear no futebol profissional.

O jogo terminou em um empate sem gols. Para Ronaldo, o time não rendeu o quanto poderia, e ele foi exigido algumas vezes na defesa de alguns chutes de fora da área. Era uma primeira amostra de que o goleiro viria a ser o novo camisa 1 do Corinthians ainda naquele ano.

Ronaldo exalta em depoimento o sentimento de não ter sofrido gol nessa partida e a repercussão sobre sua atuação. “Para um goleiro que está estreando, não sofrer gol é fundamental, e naquele dia eu não fui vazado durante os 90 minutos. Eu me lembro muito bem que no fim do jogo muita gente veio falar comigo e fui bastante elogiado pelas defesas que fiz, principalmente pelo Aguinaldo Moreira, que era um ótimo preparador de goleiros do Corinthians e sempre teve um carinho e uma atenção muito especiais comigo”, contou.

Depois do jogo, Ronaldo falou sobre a repercussão na imprensa, exaltou a alegria de chegar em casa após a partida e encontrar com seu pai, um dos loucos do bando. “Nas rádios também falaram muito bem da minha atuação, mas quando o jogo terminou, a única coisa que eu queria fazer era conversar com o meu pai, corintiano fanático. Naquela época, não tinha celular e tive de esperar a delegação voltar para São Paulo para conseguir falar com ele. Quando cheguei em casa, foi uma alegria muito grande encontrá-lo. Conversamos bastante sobre a partida, e ele me falou sobre o que pessoal da imprensa tinha comentado sobre o jogo”, relembrou.

Após a partida, o goleiro começou a ganhar espaço dentro do elenco corinthiano, o que mais tarde se traduziria em muitos títulos, além da permanência no Corinthians por 10 anos, com 604 partidas, tornando-se o terceiro jogador com mais partidas pelo Timão.

FICHA TÉCNICA

SÃO JOSÉ 0 X 0 CORINTHIANS

Amistoso estadual

Data: 07/02/1988

Local: Estádio Martins Pereira, São José dos Campos-SP

Árbitro: Djalma Rocha Garcia

SÃO JOSÉ: Rafael; Marcelo, Gilson Jader, André Luís e João Luís; Júnior, Henrique e Tita (Mirandinha); Pítico, Marcos Vinícius e Serginho (Maná). Técnico: Vail Motta

CORINTHIANS: Ronaldo, Edson, Marcelo, Dama (Pinella) e Aílton; Márcio, Éverton (Edmundo) e João Paulo (João Carlos); Marcos Roberto, Edmar e Paulinho Carioca (Eduardo). Técnico: Jair Pereira