Roberto de Andrade (à esquerda) forma chapa com André Luiz de Oliveira, primeiro vice

Diretor de futebol na gestão de Andrés Sanchez e vice de futebol nos dois primeiros anos de Mário Gobbi no Corinthians, Roberto de Andrade é o terceiro nome na linha sucessória do grupo político Renovação e Transparência, o mesmo que retirou Alberto Dualib no poder.

Nas eleições marcadas para este sábado, Roberto larga como favorito pela força política de seu grupo e pelos resultados e títulos à frente da diretoria. Agora, ele admite que o desafio para os próximos anos, caso eleito, será fazer mais com menos dinheiro. Especialmente em 2015, ano de previsão baixa de recursos.

Na reportagem abaixo, Roberto de Andrade fala sobre os principais temas da eleição e alguns projetos. O UOL Esporte solicitou entrevista a Roberto e Roque Citadini, mas apenas o oposicionista falou. O candidato da situação alegou agenda apertada na reta final da campanha. Por isso, as respostas abaixo combinam declarações recentes à Rádio Globo e à Rádio Energia FM, além do próprio plano de governo da chapa.

ANDRÉS SANCHEZ NA ADMINISTRAÇÃO
Eu fico até com vergonha de falar isso. O deputado federal vai terça para Brasília e volta na quinta-feira à tarde. Eu trabalho de segunda a sábado, o dia inteiro. Isso quando não trabalho de domingo. O deputado vai na terça, não é só o Andrés. Ele vai nos ajudar muito, não tem como contar com a presença dele, mas vamos estar em contato direto.

PLANO PARA REDUZIR DESPESAS
Haverá a implantação não só de um centro de custos, mas também de resultado, classificação de despesas, estabelecimento de metas, gestão de recursos, orçamento de custos e tributos. Implantação de medidores de desempenho e desperdícios em todas as áreas do cube.

Planejamento a longo prazo, com as diretrizes fundamentais do clube. Avaliação, controle e conservação do Patrimônio da Arena e seu pagamento, CT Profissional, Categorias de Base e clube social. Implantação de Sistema integrado no clube (ERP), para agilização de diagnósticos, controle de custos, obtenção de dados precisos e de forma rápida para gestão e planejamento, padronização e cumprimento de exigências fiscais.

POUCO RECURSO PARA CONTRATAR
É um pouco de tudo. Há uma retração de despesas, vamos fazer no primeiro minuto de gestão. O que não pode acontecer é um investimento todo no ano de 2015. Vamos apertar um pouco o cinto, mas para 2016 e 2017 temos uma folga grande. Se a gente conseguir parcelar alguma coisa não vai mudar nada. Sempre vamos ter um time forte para jogar tudo para ganhar. Normalmente, os investimentos não são feitos à vista. O orçamento do Corinthians me permite gastar, em 2015, R$ 10 milhões em contratações. Mas nada me impede gastar R$ 20 milhões e pagar em 2016. Mas o elenco está muito forte.

DIVISÕES DE BASE COM ATLETAS FATIADOS
Na realidade a gente não pode condenar porque é um ativo do clube. Se há necessidade de pagar um compromisso e não tem dinheiro, não tem onde buscar um dinheiro, se desfaz de algum percentual de seus ativos para que pegue. Não vamos crucificar. Não deve se fazer, mas é comum.

COMO AUMENTAR RECEITAS
Adoção de postura mais ativa na busca de parceiros e licenciados. Investimento maciço nas ações de cunho social, geradoras de notável ganho de imagem. Formalização de parceria com Ronaldo Fenômeno. Dinamização do departamento de Relações Internacionais, repetindo, entre outras medidas, o êxito da pré-temporada em outro país. Dedicação extrema na exploração das receitas do estádio, transformando-o no mais rentável do país.

NAMING RIGHTS
A demora não é da nossa parte. Nós saímos vendendo assim que o projeto ficou pronto. As negociações estão em andamento. O dinheiro está restrito em todos os lugares, nós fomos atrás assim que entrou o primeiro tijolo na obra.

PROGRAMA DE FIDELIDADE MAIS BARATO
O associado do clube já tem desconto extra na aquisição de ingressos por meio do Fiel Torcedor. A proposta agora é, além de estudar a viabilidade do aumento desse desconto na aquisição dos ingressos, garantir uma redução de 50% na anualidade do plano.

MUDANÇA DE ESTATUTO
Os candidatos assumem o compromisso de apoiar reforma estatutária que, entre outras coisas, proponha o fim do chamado "Chapão" e o advento de um modelo proporcional de escolha dos candidatos do Conselho Deliberativo.