Gobbi entrou em rota de colisão com Nobre nesta sexta (Fotos: LANCE!Press)

Muito criticado por Mário Gobbi, presidente do Corinthians, Paulo Nobre manifestou-se por meio de uma nota oficial na tarde desta sexta-feira. O texto publicado no site do Palmeiras diz que o clube vai respeitar qualquer decisão da Federação Paulista de Futebol em relação à venda de ingressos para a torcida visitante no Dérbi de domingo.

Na noite de quinta-feira, a Federação Paulista decidiu que apenas palmeirenses teriam acesso ao Allianz Parque, por medida de segurança. O Ministério Público e o Palmeiras apoiavam a decisão. Na tarde desta sexta, após o presidente corintiano ameaçar não levar a equipe ao jogo, a entidade voltou atrás e liberou a venda para os alvinegros.

Gobbi concedeu entrevista coletiva pouco antes da manifestação de Nobre e disse que se sentiu traído pelo mandatário alviverde, que pediu às autoridades que a entrada de corintianos na arena fosse vetada. O corintiano, que deixa o cargo neste sábado, chegou a declarar que tinha Alan Kardec "nas mãos", mas decidiu não contratar o jogador em respeito à diretoria do Verdão.

Segundo Gobbi, a postura de Nobre foi motivada por questões financeiras. Ele diz que o Palmeiras deverá inutilizar 12 mil cadeiras para receber visitantes no Allianz Parque. O presidente alviverde, por sua vez, diz que devem ser apenas 6 mil, mas admitiu que o fator financeiro também pesou.
Veja a íntegra da nota oficial do Palmeiras:

A Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público informar que acatará qualquer decisão da Federação Paulista de Futebol a respeito da venda de ingressos para o clássico de domingo. Se a orientação for pela autorização de venda de entradas para o visitante, a SEP entregará imediatamente ao Corinthians a carga determinada pela FPF.

O Palmeiras reitera o seu respeito pelo presidente Mário Gobbi e pelo Sport Club Corinthians Paulista, com os quais sempre manteve um excelente relacionamento, como comprovaram os casos Alan Kardec e Dudu. O presidente Paulo Nobre reafirma seu apreço pessoal pelo presidente Mário Gobbi e entende perfeitamente o momento de pressão vivido por seu amigo.

O clube tem há dois anos a opinião de que, devido ao descontrole e à escalada de violência no futebol, a melhor solução no momento seria a de torcida única para os clássicos locais. Entretanto, independentemente de nossa posição, o Palmeiras seguirá as determinações das autoridades competentes.
Paulo Nobre
Presidente do Palmeiras