Em apresentação do relatório de sustentabilidade de 2014 do Corinthians, nesta quinta-feira, o diretor financeiro do clube, Raul Correa da Silva, explicou detalhes do pagamento da Arena Corinthians. Serão R$ 5 milhões ao mês destinados ao BNDES a partir de julho deste ano – o banco fez um empréstimo de R$ 400 milhões para a construção do estádio. Por isso, a diretoria prevê redução drástica de gastos nos próximos meses.
A partir do ano que vem, a conta vai aumentar. Serão mais R$ 5 milhões por mês – R$ 10 milhões no total –, porque o Corinthians vai começar a pagar também despesas referentes à Copa do Mundo e juros acumulados durante as obras.

– Temos cerca de R$ 750 milhões a pagar, essa parte do BNDES, mais R$ 350 milhões de outras dívidas. Os R$ 420 milhões restantes são abatidos pelos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) – disse Raul Correa da Silva.

Boa parte do pagamento da Arena deve sair do fundo montado para captar os recursos para o estádio. Até agora, em bilheteria, o local arrecadou R$ 36 milhões brutos. Por causa dos descontos, o valor em caixa no fundo é bem menor do que esse.

– Precisamos arrumar alternativas. Os “naming rights” são a principal fonte de renda, mas ainda estamos negociando. Haverá ainda venda de mais camarotes – explicou o dirigente.
Raul ainda anunciou que a dívida total do Corinthians até o fim de 2014 foi de R$ 313,5 milhões. Desse montante, R$ 146 milhões são em impostos não pagos anteriormente e parcelados pelos próximos 15 anos. A receita total, tirando a renda da Arena destinada ao fundo, foi de R$ 258,2 milhões.