Além de chegar a um acordo financeiro, o Corinthians precisará se entender com Paolo Guerrero sobre a forma de pagamento da renovação de contrato. Em entrevista nesta quinta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava, o diretor financeiro do Timão, Raul Corrêa da Silva, revelou que o clube não tem condições de pagar à vista os valores da transação.

- Pagar o Guerrero à vista? Não. Não temos condição de fazer isso. É preciso buscar um meio termo entre clube e jogador para que todas as partes fiquem satisfeitas – afirmou o dirigente.

Com contrato até 15 de julho, Guerrero pede R$ 18 milhões de luvas para assinar um novo vínculo por mais três temporadas. O Corinthians ofereceu R$ 13 milhões, e a negociação travou. As conversas serão retomadas após as eleições, marcadas para esse sábado. O peruano está irredutível sobre o montante, e o Timão não quer subir muito a proposta.

Os dois candidatos à presidência estão cautelosos sobre o assunto. Ambos reconhecem a importância do centroavante, mas lembram que não podem fazer loucura para segurá-lo. Tanto Roberto de Andrade, da situação, quanto Antônio Roque Citadini, da oposição, querem conversar com o jogador para reduzir os valores.

– O ano de 2015 é de pé no freio, precisamos segurar os gastos para garantir próximos anos mais tranquilos – ressaltou Silva.
Enquanto tenta segurar Guerrero, o diretor financeiro reconhece que o Corinthians não tem, agora, condições de fazer grandes contratações. Mais que isso, considera que a venda de algum jogador nos próximos meses ajudará o clube a colocar as contas em dia.

– Hoje, o Corinthians não pode fazer um grande investimento em atletas. A venda de algum jogador pode ajudar a equacionar essa conta, mas de qualquer forma é melhor você ter um ano mais cauteloso do que ver a bomba explodir no futuro.