Paolo Guerrero chegou ao Corinthians em 2012 com fama de bad boy. Mas após anos turbulentos na Alemanha, em que o peruano acumulou polêmicas, cartões e suspensões, a maturidade fez com que ele vivesse uma fase "paz e amor" com a camisa alvinegra.

Apesar do estilo brigador em campo, o camisa 9 só tinha uma única expulsão pelo clube até esta quarta-feira - quando a inconsequência da juventude voltou a assombrá-lo, retratada no tapa no rosto de Pérez que deixou a equipe com dez em campo logo aos 25min do duelo contra o Once Caldas, pela Pré-Libertadores da América.

O torcedor corintiano não está acostumado a ver essa cena: o único cartão vermelho de Guerrero havia sido no Campeonato Brasileiro do ano passado, já nos acréscimos de uma derrota por 2 a 1 para o Grêmio, por desentendimento com Alan Ruiz. Entretanto, uma situação como esta, que prejudica e o time e corre o risco de jogar o planejamento de semanas por água abaixo, já foi corriqueira na carreira do centroavante.

Em abril de 2010, quando defendia o Hamburgo, Guerrero atirou uma garrafa de plástico contra um torcedor e tentou agredi-lo após empate sem gols contra o Hannover - foi multado e suspenso por cinco jogos. Já em 2012, um carrinho assustador no goleiro Ulreich, do Stuttgart, rendeu mais uma expulsão e um gancho de oito partidas ao peruano, já com fama de jogador-problema na Alemanha.