O Técnico Tite evitou elogios exagerados a Emerson Sheik após a vitória por 4 a 0 sobre o Once Caldas, na noite de quarta-feira, pela Pré-Libertadores. O camisa 11 marcou o primeiro gol e teve atuação destacada pela raça e pela malandragem em campo, sendo ovacionado pela torcida ao ser substituído por Mendoza nos minutos finais. Segundo o comandante alvinegro, o ídolo provavelmente nem estaria em campo se garoto Malcom não estivesse defendendo a Seleção Brasileira no Sul-Americano Sub-20.
"O Emerson começou o ano, mas se tivesse o Malcom, não ia começar. Assim como o Lodeiro (titular até encaminhar sua saída para o Boca Juniors), que veio das férias em condição física boa, melhor que outros que não quero nominar", respondeu Tite quando questionado a respeito da volta de Emerson, que passou 2014 longe do clube após ser posto de escanteio por Mano Menezes.
Na avaliação de Tite, o importante é que a equipe esteja bem coletivamente, para que a oportunidade de brilhos individuais apareça para todos os atletas. "Cada jogo tem uma história. Tem dia que sobra pra um, tem dia que sobra para outro. Um dia o Luciano entrou e fez dois gols, outro dia o Danilo decidiu, no outro foi o Guerrero... Quando a engrenagem roda, futebol é assim. Ora aparece um, ora outro".
O papel de Emerson também foi bastante importante na marcação, principalmente após a expulsão de Guerrero. Sem mexer na escalação, Tite reposicionou o Corinthians para ocupar os espaços certos na defesa, e o atacante – assim como Renato Augusto, Jadson e Elias – cumpriu com competência suas obrigações sem bola.
"Já era uma estratégia nossa agredir a marcação para retomar no campo adversário. Em contra-ataque a gente se expunha, era inevitável, sabia que corria esse risco. Mesmo com a expulsão, eu queria manter a equipe com articuladores, com atacantes de velocidade. Tivemos que abrir mão de marcar pressão, mas com retomada de bola para agredir o adversário", explicou Tite.