4/2/2015 11:06
Juventus reúne “eternas promessas” para a A3 do Paulistão: Adiel e Gil
Muito torcedor cria o hábito de acompanhar as categorias de base do seu clube para descobrir em quem apostar as fichas nas próximas temporadas. E tem torcedor tão fanático que fica acompanhando a carreira das promessas do time do coração mesmo depois de elas já terem ido embora. Recebi de um amigo corintiano o print de uma página do registro de atletas da Federação Paulista de Futebol. E sim, é o que você viu na imagem aqui em cima, o atacante Gil vai tentar a sorte na Série A3 do Estadual com a camisa do tradicional, carismático e gigante Clube Atlético Juventus, o Juventus da Mooca.
Gil foi uma das principais revelações da história do Corinthians, dada a velocidade com que deixou as categorias de base para defender o time profissional e também as conquistas a curto prazo que alcançou: foi promovido aos profissionais no início de 2000 e defendeu o clube por cinco temporadas, faturando dois Paulistas (2001 e 2003), um Rio-São Paulo (2002), uma Copa do Brasil (2002) e um Brasileirão (2005). O problema é que não parou em lugar nenhum depois do Timão: Verdy Tókio, Cruzeiro, Gimnàstic, Inter, Botafogo, Flamengo e, mais recentemente, ABC.
A queda de Gil no Corinthians aconteceu porque muita esperança foi depositada no futebol de um garoto – um dirigente da época chegou a dizer que ele seria melhor que Kaká e Robinho. Gil foi para a Seleção muito cedo, virou camisa 10 muito cedo… Hoje, aos 34 anos, não avançou um passo sequer, e passou ao posto de “eterna promessa” do futebol brasileiro.
Com Adiel a história foi bem parecida, só que no Santos, e com menos títulos. A famosa geração-97, que tinha nomes como Gustavo Nery, Rodrigão e Fumagalli, depositava suas esperanças em Adiel – que se surgisse pós-2002 certamente seria um “novo Robinho”. A escassez de títulos e a viuvez de ídolos desde a saída de Giovanni fizeram com que o nome do garoto ecoasse nos quatro cantos da Vila Belmiro. Mas sucesso na base não é garantia de sucesso no profissional, e Adiel não conseguiu demonstrar o que todos achavam que ele soubesse.
Depois do vice do Paulistão de 2000 e após a mudança de presidente, Adiel perdeu espaço e confiança no Santos. Jogou no Kuwait, no Japão (onde chegou a ser eleito o melhor jogador da JLeague) e na China, mas longe do sucesso que esperava alcançar. Com os mesmos 34 anos de Gil, está no Juventus para tentar a sorte.
Casos como os de Gil e Adiel são só exemplos rasos de como as categorias de base podem enganar – ou também de como criar mitos e depositar tantas esperanças pode ser prejudicial para a carreira de um jovem jogador. Aos 16, 17, 18 anos, não estamos prontos para lidar com tanta cobrança e responsabilidade. Tudo a seu tempo. Porque ninguém quer ver a promessa de seu clube chegar perto do fim da carreira sendo lembrada mais por uma frase polêmica do que por gols e jogadas inesquecíveis. Vale tudo, Gil?
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