O técnico Tite admitiu que o Corinthians está apressado para finalizar a preparação na pré-temporada de 2015 e iniciar a disputa do Campeonato Paulista e da Taça Libertadores da América. Após a vitória por 3 a 0 sobre o Corinthian-Casuals, o treinador admitiu alguns erros na atuação alvinegra a oito dias do primeiro jogo oficial do ano, marcado para o dia 1° de fevereiro, contra o Marília, na Arena.
24/01/2015 20h42 - Atualizado em 24/01/2015 21h28
Tite admite Timão apressado para estrear e mantém time indefinido
Técnico pensa nas estreias do Campeonato Paulista e da Taça Libertadores da América, detecta erros em amistoso e não descarta mudanças na escalação
O técnico Tite admitiu que o Corinthians está apressado para finalizar a preparação na pré-temporada de 2015 e iniciar a disputa do Campeonato Paulista e da Taça Libertadores da América.
Após a vitória por 3 a 0 sobre o Corinthian-Casuals, o treinador admitiu alguns erros na atuação alvinegra a oito dias do primeiro jogo oficial do ano, marcado para o dia 1° de fevereiro, contra o Marília, na Arena.
- O estágio é apressado. Não acredito que se pule etapas, é humanamente impossível, mas pode se apressar. É isso que estamos fazendo, com nível de enfrentamento, carga de trabalho. Para tentar melhorar o desempenho nesse espaço – explicou.
Foi a primeira partida de Tite na Arena Corinthians. Apesar do caráter festivo, por marcar o reencontro com o clube inglês que inspirou o nome do Timão, o técnico destacou a importância de ser crítico em relação à atuação da equipe e saber que há pontos a serem corrigidos nos próximos dias de trabalho.
- Deve-se analisar desempenho, sim. O time demorou até fazer o gol. Em alguns jogos você tem volume, falta finalização, a última jogada. O adversário procurou o 4-5-1 bem organizado, com um pivô na frente, e dificultava nossas infiltrações, fazendo com que erros técnicos acontecessem – argumentou o treinador da equipe alvinegra.
Além do Paulistão, o Corinthians também tem como preocupação a Taça Libertadores da América. A estreia acontece no dia 4 de fevereiro, contra o Once Caldas, da Colômbia, em casa.
Pressão sobre Lodeiro, que foi vaiado
Não só especificamente o Lodeiro, mas quando a gente chega em um clube novo, cria expectativa. Eu estou sentindo isso.
Tenho 53 anos e estou sentindo essa pressão, essa expectativa, a necessidade do retorno em cima do carinho que as pessoas têm. Imagina um atleta que é jovem, não pôde ter uma sequência para ficar identificado, ambientado. Ele e outros jogadores vão errar mais, mas precisam do apoio do torcedor. Em todos os momentos importantes que o Corinthians teve, o seu torcedor foi paciente.
Serve não só para o Lodeiro, mas para outros que algum dia vão estar mal, errados, que a jogada não vai ser bem executada. Se ele sentir esse apoio, vai lá para o campo dar algo a mais. Senão, vai sentir.
Trocas na equipe
Parto de uma ideia de manter uma base, mas sem abrir mão de trocas também. Coerentemente, quem treinar bem vai conquistando seu espaço. E quando entrar, não é para um jogo só. É para ter uma oportunidade igual ao que estava.
É um desafio pessoal, humano. Fazendo uma comparação, o médico às vezes sabe o problema que o paciente tem, quando dar o remédio é o desafio. Aos poucos vamos observar todo mundo. A equipe base está aberta a situações importantes.
Primeiro jogo na Arena Corinthians
Foi um turbilhão de coisas. A emoção de poder retornar ao clube onde estou pela terceira vez, em um local diferente, onde nunca tinha trabalhado. Fiz um treinamento na quinta, um trabalho tático, e confesso que senti dificuldade em me concentrar. Você perde noção de profundidade. É como uma casa diferente, à qual você não está acostumado.
Talvez a maior cobrança que eu tenha é comigo mesmo. O carinho que as pessoas têm fazem eu querer retribuir. Vai ser com muito trabalho e o máximo de empenho possível.
Possibilidade de mudar esquema tático
Não há uma transformação total, são ajustes. O 4-3-2-1 traz um dos meio-campistas em uma função mais avançada, com liberdade, que foi o caso do Elias e do Petros, na hora que saiu o gol. Ele traz uma ideia, com dois jogadores pensadores, articuladores. Pode ser feita como o que aconteceu contra o Bayer, com o Petros pelo lado, que é algo mais marcador. Falei, inclusive, isso para ele. Temos outros quatro meio-campistas: Danilo, Renato, Jadson e Lodeiro.
Utilização de Edu Dracena
É o detalhe do momento. Temos de acompanhar a evolução física e a parte técnica para chegar ao terceiro estágio, de entrosamento. O Edu (Dracena) fez dois trabalhos com bola, os dois táticos. No segundo dia que parou de doer tudo. Tenho de ver para não jogar ele para as feras. Vamos ver o quanto ele desenvolve para ter seu lugar e buscar seu espaço.
Ajustes na equipe
Eu tenho como ideia trazer dois articuladores, dois meio-campistas e dois atacantes. Mas não tem problema de eu rever conceito se a equipe não produzir. Entendo futebol dessa forma. Posso dizer que vão ficar Ralf, Elias e Petros para duas funções, tanto que ele entrou na vaga do Elias, e pode ser utilizado de uma outra forma. Não é colocar três defensores, três volantes. São ajustes que eu fazia quando tinha o Paulinho aqui.
Efeitos com mudanças no time
É ter duas opções, ou mais marcadora com Petros, ou mais criativa, com Danilo, Lodeiro, Jadson, enfim. Para ter finalização de média distância. No começo do segundo tempo o time se apressou demais. Passava, triangulava, e deixava o lateral passar. Aí abre para cruzamento, finalização de média distância. Faltou precisão para abrir o bloqueio. É uma equipe mais estática e bem posicionada.