24/1/2015 17:17

Montado em 2014, Corinthians sub-20 reúne atletas de diferentes origens

Seis dos 11 titulares da campanha na Copinha foram contratados no ano passado, incluindo o volante Marciel e o atacante Gabriel Vasconcelos, artilheiro com oito gols

Montado em 2014, Corinthians sub-20 reúne atletas de diferentes origens
Além da formação e da revelação de jogadores, o trabalho de base dos grandes clubes envolve cada vez mais um departamento de captação e monitoramento de jovens de outras equipes. O objetivo é detectar talentos ainda longe dos holofotes que encarecem o negócio para reforçar a base. No Corinthians, a filosofia parece estar funcionando. Ao todo, dos 11 titulares do time na Copinha, seis foram contratados nos dois últimos anos. E vieram de todos os lugares do país.

O planejamento terá seu grande teste neste domingo, às 10h50, quando o Corinthians disputa a final da competição contra o Botafogo-SP, no Pacaembu. O GloboEsporte.com acompanha todos os lances da decisão em Tempo Real. Globo e SporTV transmitem ao vivo.

Um dos artilheiros do torneio, Gabriel Vasconcelos, é nascido em Rondônia e chegou do Fluminense em setembro de 2014. Mato-grossense, Matheus Vargas é o camisa 10 do time e veio do Grêmio Osasco também em setembro. Marciel, volante, é gaúcho e veio do Fragata, time do ex-volante Emerson, em abril do ano passado. Léo Príncipe, lateral-direito, é carioca, e chegou em maio, também de 2014.

Há também jogadores que vieram do interior de São Paulo. É o caso do zagueiro Rodrigo Sam, que atuou no Marília na Série A2 de 2014 e pode atuar também como volante. O meio-campista Yan, que pode substituir o suspenso Tocantins na decisão, nasceu em Cambé, interior do Paraná e veio do Desportivo Brasil. Pedro Henrique, zagueiro titular, atuou no Imbituba, de Santa Catarina, antes de chegar ao Timão, em 2012. Outro contratado no ano passado é Gustavo Viera, meia paraguaio que veio do Rubio Ñu, e desfalca a equipe na Copinha, pois defende a seleção paraguaia no Sul-Americano Sub-20.

Alguns dos jogadores contratados são caros, e eram cobiçados até por clubes do exterior, caso de Matheus Vargas. E foram monitorados pelo departamento de captação do clube.
- A captação hoje é fundamental na base. Os clubes grandes trabalham desta maneira, monitorando jogadores, e quando há a oportunidade e uma necessidade do elenco, trazemos para cá - explica Agnello Gonçalves, coordenador geral da base do Corinthians.

Ciente de que nem todos os jogadores serão promovidos aos profissionais, Agnello explica que o clube tem tomado atitudes com o objetivo de expandir o mercado deles até no exterior.
- No Brasil, criou-se uma imagem de que formar jogador é apenas promover para o elenco profissional, e no Corinthians, isso é difícil. Como vamos colocar um jogador no elenco, se já há um pronto para a posição dele? Por isso, temos já um escritório em Portugal e pensamos em lançar jogadores em outros mercados, para que possa haver um retorno desse investimento - explica o coordenador.


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