Gols, assistências, dribles, ótimas atuações e... cartões! Matheus Cassini vem sendo considerado uma das grandes promessas das categorias de base do Corinthians, mas também enfrenta um sério problema disciplinar que terá que corrigir antes de subir aos profissionais. Afinal, ao menos nas categorias de base, ele tem acumulado quase tantos cartões quanto tem feito gol.
Segundo números disponibilizados no site da Federação Paulista - que conta a participação do meia em dois estaduais sub-17, um sub-20 e mais a Copa São Paulo deste ano -, Cassini tem 85 jogos disputados, 30 gols marcados e 22 cartões, sendo dois deles vermelhos (e, claro, 20 amarelos).
O que mais chama a atenção, porém, não é só o número de cartões, mas a forma como o jogador os toma. Nas súmulas disponíveis dos jogos da base, Cassini quase que divide as advertências entre faltas de jogo e verdadeira indisciplina.
No ano passado, por exemplo, em vitória por 3 a 0 sobre o Taubaté no Paulista sub-20, Cassini foi expulso porque, "após a marcação de um impedimento contra a sua equipe, gesticulou com socos no ar e proferiu as seguintes palavras contra a equipe de arbitragem: ‘Vai tomar no cú, seu bandido do caralho'".
Súmula mostra expulsão por palavrões de Cassini nas categorias de base
A passagem pelas categorias de base ainda acumula cartões por "atitudes inconvenientes", "simulações" e por "retardar o reinício do jogo".
O próprio primeiro cartão que Cassini recebeu na Copa São Paulo acaba deixando claro o quanto de cuidado o jogador precisa aprender a ter. Na primeira partida do mata-mata, tomou um cartão amarelo por subir no alambrado para comemorar o quarto gol da goleada tranquila por 5 a 1 sobre o Grêmio Prudente.
E nem havia sido ele quem marcou aquele gol - Gustavo Tocantins havia balançado as redes. Enquanto o atacante comemorava em frente à torcida, Cassini se exaltou e pulou na mureta para ficar ainda mais próximo aos fãs. Ele foi o único a fazer isso.
Mais do que o cartão, Cassini também se envolveu em algumas polêmicas na Copinha que passaram despercebidas pelos árbitros.
Contra o São Caetano, nas quartas de final, se irritou e tentou agredir o zagueiro Wesley com dois chutes e uma cabeçada enquanto a bola estava parada. E contra o São Paulo, trocou cusparadas com o lateral-esquerdo Matheus Reis. Por sorte, nenhum dos dos juízes percebeu os lances.
Mas a indiscplina vai sim custar caro a Cassini. Afinal de contas, ele não poderá estar presente no jogo mais importante de sua carreira até aqui, a final da Copinha. Graças ao cartão amarelo por pular no alambrada e a outro tomado contra o São Paulo, em um carrinho desnecessário com a bola já fora de campo.