Depois de terminar 2014 no banco de reservas, Ángel Romero começa 2015 ainda mais em baixa no Corinthians. Com quase três semanas de treinos e jogos, o técnico Tite não parece muito disposto a dar uma oportunidade ao atacante. Hoje, ele é a última opção do treinador para o setor ofensivo.

Tite começou os treinos coletivos nos Estados Unidos tentando encontrar um parceiro ideal para Guerrero. Colocou Luciano e não gostou. Depois, Mendoza. Também não gostou. Com isso, recorreu a Emerson, velho conhecido e homem de confiança do técnico na passagem anterior.

Romero nem sequer foi testado como opção e passou boa parte do tempo fazendo treinos específicos separado do grupo. Nos jogos, também ficou fora. Ele sentou no banco de reservas diante de Colônia (derrota por 1 a 0) e Bayer Leverkusen (vitória por 2 a 1). E só.
Na volta ao Brasil, Romero permaneceu como a última opção. Na terça, Tite fez um trabalho em campo reduzido com titulares e reservas. Mendoza e Luciano ficaram no time de baixo, enquanto Romero treinou finalizações em outro gramado. Só mais tarde foi chamado para entrar na vaga de um dos dois.

Na análise da comissão técnica, o paraguaio está abaixo física e tecnicamente na comparação com os outros atacantes e vai precisar de uma grande evolução nas próximas semanas para ter uma chance. Até mesmo Mendoza, contratado recentemente do futebol indiano, leva vantagem sobre ele.

E a situação tende a piorar nos próximos meses. Tite deixou claro que Malcom será titular assim que retornar da Seleção Brasileira sub-20, se não for negociado. Caso isso se confirme, Romero perderá ainda mais espaço e dificilmente será aproveitado pelo treinador na Taça Libertadores.

Contratado do Cerro Porteño, do Paraguai, após se destacar na Libertadores do ano passado, Romero custou R$ 6,7 milhões ao Corinthians, mas não empolgou a torcida. Em 26 jogos, marcou apenas um gol e foi reserva em boa parte do Brasileirão. O contrato dele com o clube vai até 14 de julho de 2019.