De volta dos Estados Unidos, onde marcou os dois gols do Corinthians na Copa Flórida, Paolo Guerrero foi bastante assediado no Aeroporto de Cumbica. Diante de muitos torcedores munidos de máquinas fotográficas, foi mais uma vez questionado sobre a renovação de seu contrato. Sua resposta não mudou.

"Estou treinando, focado no trabalho. Deixo para meu empresário", afirmou o atacante, provocando bocejos. A negociação vem se arrastando desde o ano passado, sem um acordo. O compromisso atual expira em julho, e o clube espera que o peruano diminua seu pedido.

"Vamos fazer todo o esforço possível e necessário", disse o gerente de futebol Edu Gaspar, cobrando o mesmo de Guerrero. "Se os dois querem, vamos tentar. E o ponto de partida é que as duas partes querem. Lógico, vamos contar também com um esforço dele para que tenha acordo."

Além do teto salarial do Corinthians e de um contrato até o fim de 2017 - exigências já aceitas -, o centroavante pediu um impressionante prêmio de US$ 7 milhões (cerca de R$ 18,4 milhões). Agora, já topa US$ 6 milhões (cerca de R$ 15,7 milhões). A diretoria chegou a oferecer US$ 5 milhões (cerca de R$ 13,1 milhões).

"O que se leva em consideração é a vontade de ambos. Existe uma vontade explícita do atleta e também uma vontade do clube. O duro é quando um quer ir embora, o outro não quer... Temos total interesse. É uma questão de ajustar valores e acertar o mais rápido possível", disse Edu.

A pressa se justifica porque Guerrero já pode assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe. E seu atual compromisso do Corinthians não vai até a final da Copa Libertadores, principal objetivo da equipe na temporada. "Vamos trabalhar muito para viabilizar a questão", repetiu Edu Gaspar.