Tite não quer saber da polêmica renovação de contrato de Guerrero com o Corinthians. Enquanto Mano Menezes, seu antecessor, dizia que determinados jogadores serviam como exceções à regra de teto salarial, o atual comandante prefere não se intrometer nos problemas diretivos.

"A minha alçada não é essa. A hierarquia não permite que eu interfira. Não sou manager, e sim um técnico de futebol envolvido com o que acontece no gramado", esquivou-se o técnico, que certamente não quer perder o seu artilheiro - independentemente de como ele atuar.

Tite viu nos Estados Unidos como Guerrero segue importante no time alvinegro, mesmo o escalando de forma diferente que Mano.

O ex-treinador se orgulhava de em sua segunda passagem pelo Corinthians ter dado mais mobilidade ao centroavante peruano. Novamente sob o comando de Tite no início de 2015, no entanto, o jogador ganhou a companhia de Emerson Sheik e voltou a sair menos das áreas rivais.

"O Guerrero pode jogar dos dois jeitos e produzir bem. Em algumas situações, a equipe vai precisar que ele fique centralizado, como agora. É algo benéfico", disse Tite, que festejou os dois gols do peruano na vitória sobre o Bayer Leverkusen no sábado, pela Florida Cup.

Apesar de Guerrero ter sido eleito o melhor jogador do torneio, o técnico também evitou elogios exagerados a ele, como Mano Menezes fez em alguns momentos. "Sei que as pessoas costumam olhar a jogada terminal, mas existe o trabalho de toda uma equipe", discursou.