Na quinta-feira, uma bomba agitou os bastidores do Corinthians. Inicialmente dois candidatos distintos da oposição à eleição presidencial de 7 de fevereiro, Antônio Roque Citadini e Paulo Garcia se uniram e lançaram chapa única ao pleito de daqui a aproximadamente 20 dias. O prazo para as inscrições dos grupos é esta sexta-feira, mas, se mais nada de anormal acontecer até as 00h, haverá apenas três concorrentes ao cargo máximo da política alvinegra para o triênio 2015/16/17: Antônio Roque Citadini, Roberto de Andrade e Ilmar Schiavenato.
O primeiro deles foi vice-presidente do clube entre 2001 e 2004 - durante parte do controverso mandato de Alberto Dualib – e é quem mais tem se movimentado para ser eleito presidente do Corinthians em 7 de fevereiro. Citadini lidera a oposição contra o situacionista Roberto de Andrade e conseguiu unir o máximo de força possível para triunfar no pleito. A principal ação do dirigente foi concretizada nesta quinta-feira.
Citadini já foi vice-presidente do Corinthians
Citadini simplesmente convenceu Paulo Garcia, antigo candidato também anti-situação, a fechar com ele uma única chapa. O ex-vice-presidente acreditava que, separada em dois grandes grupos, a oposição não conseguiria se eleger. Assim, depois de dias de conversa, definiu que ele concorrerá à presidência e que Garcia comandará o Conselho Deliberativo em caso de vitória oposicionista nas urnas. “Hoje, esse pessoal que está lá nos deixa muito aborrecidos pela situação do clube. Vai ser uma união para ganhar e por isso que está sendo feita”, definiu Garcia.
O “pessoal que está lá” é a situação, personificada nas figuras de Mário Gobbi Filho, atual presidente do Corinthians, e Roberto de Andrade, candidato dele à sucessão. Andrade foi diretor de futebol do Corinthians nas conquistas do Campeonato Brasileiro, da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes entre 2011 e 2012, mas deixou o cargo no início de 2014 depois de atrito com Gobbi. O dirigente é o nome de confiança de Andrés Sánchez e quem concorre à presidência pela situação.
Roberto de Andrade foi diretor do Corinthians e conquistou Brasileiro, Libertadores e Mundial
O outro possível candidato é Ilmar Schiavenato. Diretor social do Corinthians na gestão de Mário Gobbi, ele ainda não oficializou a sua chapa e, apesar de se dizer opositor, recusou-se a formar grupo com Paulo Garcia e Antônio Roque Citadini. Schiavenato diz ser independente no clube e, até por causa disto, é quem tem menos chance de ganhar o pleito.
A eleição presidencial no Corinthians está marcada para acontecer no Parque São Jorge, no dia 7 de fevereiro, e será realizada entre as 9h e 17h. Além de presidente e vice, o pleito ainda elegerá 200 conselheiros pelo período de três anos e 50 suplentes. O Corinthians contratou urnas eletrônicas para o evento, e a comissão eleitoral será comandada pelos conselheiros Guilherme Gonçalves Strenger, Carlos Nujud Nakhoul e Felipe Legrazie Ezabella.