Tite apostou em intensos trabalhos táticos e pode ganhar Edu Dracena nos próximos dias. Por isso vai trabalhando com o que tem e no primeiro jogo-teste já dá para observar alguns padrões na equipe - esqueça a derrota, normal pelo contexto. Vamos lá:
Variação tática conforme o jogo
Assim como Mano, Tite sempre gostou do 4-2-3-1 e assim treina o Corinthians, com uma linha formada por Sheik, Renato Augusto e Lodeiro. Mas o técnico preparou uma variação: 2 linhas de 4 com Shiek e Guerrero enfiados na área. A mudança pode servir para deixar Sheik mais próximo do gol ou marcar a saída do adversário - como foi com Emerson colado em
Muita compactação defensiva
O futebol atual está cada vez mais disputado. É importante se defender com todos os jogadores e não dar espaço ao oponente. Veja bem a figura abaixo: 8 corintianos estão formando duas linhas, com espaço de 10 a 5 metros entre elas. Essa compactação dá segurança defensiva ao time, um dos pontos fortes do técnico.
Marcação por pressão (e o fator físico pesou)
"Sufoca, pega, diminui". Esses são algumas orientações que Tite dá quando o Corinthians perde a bola: avançar no campo do avdersário e sufocá-lo para retomar a bola perto do gol e nas costas dos volantes - não muito diferente de 2011 e 2012. No frame são 5 corintianos contra 4 do Colônia: superioridade numérica que induz o adversário ao erro e facilita a recuperação da posse.
Triangulações na saída de bola (e pouco uso dos volantes)
Tite sempre gostou de uma saída de bola pelas laterais. Isso era evidente em 2011/12 e se repetiu hoje: lateral recebe, toca para o meia e avança por dentro do campo, assim pode receber a bola do meia que recuou pelo lado e progredir em velocidade. Isso é bom? Toda ação tem sua reação: ao mesmo tempo que criou uma linha de passe (no frame, Fagner recebe e a jogada termina num chute!) também desprotegeu o setor direito. Qual das reações você prefere?
Guerrero fixo? Nem pensar!
Em 2014, Mano Menezes pedia para Guerrero abrir pelo lado esquerdo e possibilitar que Malcom e Petros infiltrassem na área. Parece que Tite gostou e manteve: no frame, o camisa 9 abre pelo lado esquerdo (invertendo com Lodeiro, que está na área) e desorganiza a marcação, abrindo espaço para Elias e Emerson penetrarem livres. Movimentação é uma das chaves para atacar bem atualmente.
Tite ressaltou que o desempenho foi acima do que ele esperava e pode manter a equipe contra o Bayer Leverkusen. A “cara” do novo Timão, no entanto, será melhor observada no início do Paulista.