Técnico do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior, Osmar Loss foi um dos convidados do "Arena SporTV" e, além de debater a formação dos jogadores no Brasil, falou sobre um atleta em especial: Malcom, que foi seu comandado na edição de 2014
Aos 17 anos, o atacante é uma das grandes esperanças da torcida do Timão para a temporada. Convocado para a seleção brasileira sub-20, se prepara para a disputa do Sul-Americano. Segundo Loss, o garoto chama a atenção por seu espírito de doação.
- A torcida do Corinthians gosta de jogador aguerrido, que demonstra raça e comprometimento. E Malcom, por ser atacante, tem muita entrega no jogo. Mesmo quando não tem os melhores momentos ou atribuições no jogo, sempre se entrega e se dedica demais, o que a torcida corintiana adora. Esse é um dos pontos dele - analisou.
Na opinião do técnico, a forma como o elenco recebeu o garoto durante o Campeonato Brasileiro do ano passado ajudou para que ele não passasse pelo "bate e volta" que muitos passam.
- A informação que a gente tem é que ele foi apadrinhado no profissional, pelo Gil e por outros jogadores experientes, que o acalentavam e estimulavam ele a fazer o que fazia na base. Quando o menino chega no profissional, o medo de errar é maior do que o ímpeto de arriscar e ser ousado.
O treinador do profissional e os companheiros querem que ele faça algo diferente, aquilo que lhe fez chegar lá. Não pode jogar a bola para o lado só para não se comprometer.
Ele, com esse apadrinhamento e segurança, manteve o futebol que vinha tendo na base - destacou.
Mesmo com o Timãozinho 100% na Copinha, com vitórias contra Guaicurus e Rio Branco (AC), e candidato ao título, Osmar foi realista e fez questão de dizer que poucos garotos da equipe passarão a integrar a equipe profissional nos próximos anos.
Em 2015, em especial, as dificuldades são até maiores:
- Essa nova regra de limite de jogadores coloca mais dificuldades. São 28 em São Paulo (no Paulistão) e 32 na Federação Gaúcha (no Gauchão). Isso é um grande impeditivo.
Talvez uma manobra com patrocinadores para não se colocar time reserva, mas acho que vamos ter mais dificuldades (para lançar jogadores).
Como no Brasileirão a necessidade de rendimento é maior, talvez os Estaduais fossem essa incubadora para ver quem ia ajudar (...) Sabemos que vamos promover dois, três ou quatro para o time principal e que os outros 17 ou 20 vão para outros clubes ou para outras carreiras. Por isso precisamos melhorar o desenvolvimento técnico, e não só pensar em vencer dentro das quatro linhas - afirmou o treinador.
Osmar Loss elogia estilo aguerrido de Malcom