Henrique só fez menos gols do que Fred no Brasileiro (Miguel Schincariol/Gazeta Press)

O reserva de Paolo Guerrero no Corinthians de 2015 pode ser um conhecido do torcedor palmeirense: Henrique. O vice-artilheiro do último Brasileirão foi oferecido à diretoria alvinegra na semana passada e teve seu nome aprovado pelo técnico Tite.

O negócio representaria a chance de o Corinthians se vingar do Palmeiras. Tudo porque o Verdão fechou recentemente com Leandro Banana. O atacante, que disputou o Brasileirão pela Chapecoense, tinha um acordo verbal com o presidente Mario Gobbi.

O problema para adquirir Henrique é financeiro: o Corinthians alega não ter os R$ 6,5 milhões exigidos por um grupo de empresários para ficar com 50% dos direitos econômicos. A intenção é adquiri-lo por empréstimo de um ano, com preço fixado para a compra em dezembro de 2015.

O Flamengo tem o mesmo desejo e está na briga. Tigres, do México, e um clube da Primeira Divisão da Alemanha, discutem a possibilidade de ficar com 100% do atacante.

O Palmeiras abriu mão de permanecer com Henrique exatamente quando atravessou a negociação de Leandro com o rival. O presidente Paulo Nobre topou investir R$ 5 milhões por 50% dos direitos de Leandro, que chega ao Palestra Itália respaldado pelos dez gols anotados ao longo do Brasileirão.

Autor de 16 gols no mesmo campeonato, Henrique é dois anos mais velho e custa R$ 1,5 milhão a mais. A prioridade alviverde para a compra de 50% terminou na quarta-feira, último dia do ano. Até por isso, ninguém do Corinthians confirmou o interesse abertamente.

Prioridade - A posição de centroavante é a maior necessidade do Corinthians no momento. Mano Menezes passou a temporada inteira reclamando de que contava apenas com Guerrero para a posição.

A situação pode ficar mais grave diante do impasse em relação ao futuro do peruano. Apesar de ter contrato até julho de 2015, há o receio de que Guerrero encare a Libertadores com má vontade se a discussão para renovação não evoluir. Ou ainda que ele assine um pré-contrato com outro clube, o que pode ocorrer em janeiro.

Tite tem insistido com a diretoria em relação à necessidade de se contratar outro 9. Tanto que já passou uma lista com quatro nomes.