"Futebol Solidário" movimentou Petrolina e Juazeiro. Craques reunidos para o evento (Foto: Magda Lomeu)
Festas e eventos beneficentes envolvendo jogadores de futebol e seus amigos já fazem parte do calendário das comemorações de final de ano em todo Brasil. No Vale do São Francisco não é diferente. Na noite dessa sexta-feira (26) muitos conterrâneos de Petros, Nixon, Daniel Alves e Carol Baiana puderam acompanhar a partida, que terminou empatada em 4 a 4, no evento “Futebol Solidário”, no estádio Adauto Moraes em Juazeiro – BA.
O estádio ficou lotado. Mais de cinco mil ingressos foram vendidos, mas parecia ter um público bem maior. Esse foi o segundo número de público contabilizado, perdendo apenas para a final Juazeiro x Bahia pelo Campeonato Baiano em 2001, onde 12 mil pessoas acompanharam a partida. Mas muita gente, nesse caso, é sinônimo de muito assédio.
Antes mesmo de terminar a partida dos veteranos entre Petrolina e Juazeiro, os times dos amigos de Daniel Alves e Nixon e os amigos de Carol Baiana e Petros tentaram entrar em campo para começar a se preparar para a partida. A tentativa foi acompanhada por dezenas de fãs que se aglomeraram em torno dos craques do Barcelona, Flamengo, Seleção Brasileira sub-20 e Corinthians.
Carol Baiana distribui autógrafos antes do início da partida (Foto: Magda Lomeu)
- Para mim é muito gratificante e uma honra estar no meio de tantas feras representando as mulheres. Vamos jogar, vamos ver no que vai dar, mas espero que seja um jogo gostoso e bonito de se assistir – conta Carol Baiana, que é petrolinense, mas mora em Juazeiro, e antes da partida apostava em um placar de 5 a 0 para seu time.
Um dos mais assediados pelo público que estava dentro e fora de campo, o jogador Daniel Alves, recebeu muitos abraços e escutou incontáveis “Meu amigo, lembra de mim?”. O craque do Barcelona trouxe os uniformes, confeccionados especialmente para o evento, nas cores verde e laranja, estilo marca texto, e com o escudo do time catalão. Mas uma das camisas mais vistas e autografadas por ele no evento foi a tradicional azul e grená.
Daniel Alves, o mais assediado no Futebol Solidário (Foto: Magda Lomeu)
A sensação é única. De felicidade, de alegria de poder reencontrar amigos e toda essa galera aqui que, sem dúvida, está no meu coração. Encontrar por uma boa causa, melhor ainda! Espero que eles possam desfrutar desse dia especial, assim como a gente vai desfrutar – fala Daniel, o idealizador do evento e camisa 10 do seu time que vestia a camisa verde marca texto.
Petros, foi o que melhor se apresentou na partida (Foto: Magda Lomeu)
Com tantos craques em campo, a partida só poderia render bons lances. Petros foi o que mais deu passes para os quatro gols da sua equipe, sendo um deles de muito cavalheirismo, ao permitir que a única mulher em campo marcasse o seu na partida. Aliás, Carol não se intimidou por ser minoria no jogo. Deu vários balõezinhos, driblou muito marmanjo, marcou gol e fez seu nome ser gritado muitas vezes pela galera. Os outros três foram de: Lucas, Aílton e Euler.
Pelo time verde dois gols foram marcados por Nino Guerreiro e os outros dois pelo jogador do Flamengo. Deixando dois no fundo da rede, Nixon levou a galera no Adauto Moraes ao delírio, tanto que, ao marcar o seu segundo gol a empolgação do público foi tanta que não foi possível conter a invasão do campo, o que levou ao término da partida com um pouco mais de 20 minutos do segundo tempo.
Toda a renda do jogo é revertida para instituições filantrópicas da região.
Nixon, camisa 9, comemora seu segundo gol e a galera invade o campo (Foto: Magda Lomeu)