Há exatos 15 anos, o Corinthians teve uma conquista digna da história do clube: sofrida e na raça. Mesmo tendo um dos times mais técnicos da história centenária alvinegra, o Timão precisou da mística corinthiana para conquistar o terceiro título brasileiro no dia 22 de dezembro de 1999.

Era a terceira – e decisiva – partida da final do Campeonato Brasileiro daquele ano contra o Atlético-MG. No Mineirão, deu Galo por 3 a 2. No Morumbi, o Corinthians devolveu, ganhando por 2 a 0. Para o jogo 3, o Timão teria a vantagem do empate. Mas para conquistar a taça, teria de superar alguns problemas.

Após se machucar no primeiro jogo e ficar fora do segundo, Rincón voltaria a jogar, mas longe de estar 100%. Luizão, artilheiro do Corinthians naquele campeonato, estava fora do confronto, por ter sido expulso no anterior. Para o duelo do título, o técnico Oswaldo de Oliveira escolheu uma formação mais cautelosa: três volantes, dois meias e apenas um atacante.

Se não tomasse gol, o Corinthians conquistaria o título brasileiro – o segundo consecutivo. Por isso, Dida entrou em cena. Duas defesas de muito reflexo, uma em um chute de Guilherme no primeiro tempo e outra em um corte que quase virou gol contra de Márcio Costa.

Enquanto Dida garantia lá atrás, o ataque do Timão, o melhor daquele Brasileirão, tentava o gol que daria segurança e alívio a todos. Marcelinho quase marcou na especialidade dele: uma cobrança de falta de longe, que explodiu no travessão. Ainda houve um contraataque em que o camisa 7 ficou com o gol à disposição, mas teve o gol evitado pela defesa do Atlético-MG.

A conquista ficou ainda mais próxima quando Belletti foi expulso. Com um a mais, depois de uma temporada muito desgastante, o Corinthians de 1999, conhecido por sufocar os rivais, procurou administrar, para conseguir o resultado que lhe bastava.

Fim de jogo, 0 a 0. Venceu a equipe que liderou de ponta a ponta, que teve o melhor ataque, que apresentou o futebol mais técnico de todos. Corinthians, indiscutível campeão brasileiro de 1999.