Perto do fim do mandato de Mario Gobbi, o Corinthians passa hoje por uma delicada situação financeira. Com um déficit de mais de quase R$ 50 milhões, o clube terá um começo de temporada complicado em 2015, sem poder repetir os mesmos gastos dos anos anteriores. O novo presidente, que será eleito em fevereiro, terá logo de cara uma despesa milionária: terá de pagar R$ 2,9 milhões para Anderson Martins.

O zagueiro, que chegou ao clube no início de junho, logo depois da Copa do Mundo, aceitou defender a camisa do alvinegro diante de um acordo: toparia reduzir seu salário mensal, mas seria recompensado pelo menos por parte da diferença em uma só parcela, em uma espécie de luvas pelo empréstimo, que chega ao fim no meio do ano que vem.

Liberado pelo Al-Jaish, Anderson negociava para receber R$ 600 mil por mês, o mesmo que recebia fora. A diretoria do Corinthians, no entanto, vetou a contratação, por não estar disposta a bancar esse valor mensalmente, especialmente porque outros atletas da zaga, como Gil e Kleber, recebiam muito menos do que isso, entre R$ 120 mil e R$ 140 mil.

Na última hora, no entanto, o alvinegro topou fazer o acordo: combinou o salário em cerca de R$ 230 mil e acertou um pagamento de "luvas" de cerca de R$ 2,9 milhões. O agente do atleta, Carlos Leite, não quis comentar o assunto.

Em fevereiro, quatro candidatos concorrem para a vaga de presidente do Corinthians: Roberto de Andrade, ex-diretor de futebol, Ilmar Schiavenatto, ex-diretor social, Paulo Garcia, dono da Kalunga, e Roque Citadini, também pela oposição.