Após a reunião que definiu sua volta ao Corinthians, na noite de segunda-feira, Tite teve de ser convencido pelos dirigentes a deixar outras questões para o dia seguinte, já que todos estavam com fome. O técnico não queria perder tempo e, mesmo depois de horas resolvendo detalhes do contrato de três anos, a intenção era emendar assuntos relacionados à equipe.

Uma ansiedade que não estava relacionada apenas ao período em que ficou sem trabalhar, mas também à necessidade de definir questões o mais rapidamente possível para que, na volta ao trabalho, dia 5 de janeiro, tudo esteja em ordem.

A pressa de Tite tem explicação: a primeira fase da Libertadores, que fará o Timão disputar um mata-mata em 4 e 11 de fevereiro contra um colombiano (Once Caldas ou Independiente Santa Fé).

Na manhã desta terça-feira, em sua primeira entrevista coletiva no retorno ao Corinthians, Tite revelou que pedirá aos atletas, por telefone, para que as férias sejam moderadas e que a parte física não seja esquecida.

O medo do treinador é repetir o que aconteceu em 2011, quando boa parte do elenco voltou muito aquém da forma física e a equipe foi eliminada da Libertadores pelo desconhecido Tolima, também da Colômbia – Chicão, Ronaldo e Roberto Carlos eram alguns deles.

TITE SOBRE A PREOCUPAÇÃO COM A LIBERTADORES

Pré-temporada e Libertadores

“Intensidade é pau dentro. Temos experiência nessa situação (Tolima). É ver tudo que a gente precisa. Momento muito importante e difícil, já passei por ele. E vamos tentar não errar o que erramos no passado.

Vou entrar em contato com todos os jogadores, para que eles saibam o quanto é importante que eles se cuidem. Para que não voltem fora de forma. Eles têm de melhorar a preparação e acelerar isso. Estamos passando essa mensagem agora, por vocês.”

Queda na Libertadores-2011

“O Tolima ferrou todo meu plano. A primeira derrota ser assim? (em oito jogos no BR-10, cinco vitórias e três empates) Eu imaginava ter uma sequência de trabalho. Aquele conflito interno. Eu ficava pensando se tinha terminado. O Andrés (Sanchez) entrou e me deu uma injeção de ânimo. Foi difícil.”