Tite está perto de anunciar retorno para o Corinthians (Foto: Arquivo LANCE!)

Roberto de Andrade, candidato da situação nas eleições do Corinthians, que ocorrerão em 7 de fevereiro de 2015, deixou apalavrado na última terça-feira, em encontro com o empresário Gilmar Veloz, a volta de Tite para 2015. No entanto, como o atual mandatário, Mário Gobbi Filho, ainda não se manifestou, o treinador não confirma nada e dá o recado: espera a manifestação do clube.

- Eu tenho externado publicamente, tenho sido coerente, a bola não está comigo. Não estou fugindo da minha responsabilidade, mas agora é um momento dos clubes, momento de término de contrato de outros profissionais. É um momento de eleições, que as pessoas vão conversar com os profissionais para ver o perfil que eles têm. Estou sendo coerente com tudo aquilo que tenho colocado como importante para o clube, para o clube escolher, entender, para que possam direcionar. Eu não tenho nada. A bola está com os clubes. Os clubes vão se manifestar "Estamos com interesse desse, vamos contratar esse" - disse Tite, em entrevista ao canal "Sportv".

O atual diretor de futebol, Ronaldo Ximenes, negou que haja acerto com o treinador. Até porque Gobbi vai se isentar da decisão. A demora pela decisão passa também pelo racha da situação, cujos grupos entraram em atritos por novas contratações. A tendência é que tudo seja resolvido na próxima segunda-feira, dia 15.

Tite manteve contato com Andrade desde setembro, quando o candidato avisou que não manteria Mano e que gostaria de seu retorno. Neste meio tempo, ele também negociou com o Internacional, cujas eleições presidenciais ocorrerão no próximo sábado. Veloz teve conversas com os dois clubes e fez uma pedida inicial de cerca de R$ 800 mil mensais, que assustou aos dirigentes. Tite, no entanto, sempre garantiu que aceitaria receber menos em troca de um projeto bom - leia-se um time forte para ser campeão. No Timão, o discurso é que ele já aceitou se adequar à realidade, entre R$ 600 e R$ 700 mil, próximo ao que recebia em 2013.

- A preferência é do clube em relação ao profissional. Felizmente, eu tenho grandes clubes por onde passei. E a gente guarda grandes trabalhos e me orgulho disso. A situação (do Corinthians) é mais recente. Mas é recente no Internacional, como foi no Grêmio, outras equipes de recuperação, Palmeiras... Tenho muito respeito a todos que estão me ouvindo. Quando mexe com a paixão do torcedor, eu respeito muito. Quando venço um jogo, nunca procuro ver a dor do outro lado, e sim valorizar a minha alegria. Não quero criar nenhuma expectativa ou colocar uma situação que não seja real. A bola está com eles, eles que passem a informação para vocês - concluiu o treinador, sem clube desde o fim do ano passado, quando justamente deixou o Corinthians.