Matheus é camisa 10 da Seleção Brasileira Sub-17 (Foto: Divulgação)

Além do atacante Malcom, o Corinthians deve perder outra revelação para o exterior na próxima janela de tranferências: o meia Matheus Pereira, de 16 anos, camisa 10 da Seleção Brasileira sub-17. "Pirulão", como é conhecido, nem sequer chegou a subir para o profissional.

A Elenko Sports, dona da maior parte dos direitos de ambos os jogadores, espera fazer o negócio até o fim da próxima semana. Os dois sairiam juntos. O negócio demora mais que o esperado porque, além do Dínamo de Kiev (UCR), o Olympique de Marseille (FRA) mostrou interesse e é o destino preferido dos jogadores. Nesta terça, eles chegaram à cidade francesa com os representantes Fernando Garcia e Guilherme Miranda para conhecer as instalações do clube. O mesmo grupo foi responsável pela venda do zagueiro Dória, ex-Botafogo, confirmado pelo Olympique em setembro.

O Dínamo de Kiev foi o primeiro interessado e prometeu oficializar uma proposta de 12 milhões de euros (cerca de R$ 38,5 milhões) por Malcom. O valor crescerá, obviamente, com a ida de Matheus no pacote. Financeiramente, esta é a melhor opção aos empresários, mas os jogadores se mostraram receosos em atuar no leste europeu.

Se concretizadas, as duas saídas vão gerar polêmica no Corinthians. No caso de Malcom, em abril deste ano o clube cedeu 40% de seus direitos econômicos a Fernando Garcia por cerca de R$ 1,5 milhão, por conta de uma dívida de uma negociação pela compra de parte dos direitos de Ralf, na metade de 2012. O Timão atualmente detém apenas 30% dos direitos.

No caso de Matheus Pereira, além da parte esportiva, já que ele é apontado como futuro craque e pode sair sem atuar pela equipe profissional, também haverá perda financeira. O Corinthians tinha 100% de seus direitos em março, segundo o site "UOL", quando ele assinou seu primeiro contrato profissional. Por conta da mesma dívida referente a Ralf e outra que envolvia o meia Petros, o Timão ficou com apenas 5% dos direitos e no total chegou a receber menos de R$ 2 milhões para abrir mão dos outros 95%.