9/12/2014 10:29
Mano vê Corinthians confuso após continuísmo do grupo de Sanchez
Ex-colega de Sanchez na Seleção Brasileira, Mano entregou o boné ao Corinthians
Contratado por Andrés Sanchez em sua primeira passagem pelo Corinthians, o técnico Mano Menezes deixou o clube em 2014 com contestações a quem não o queria mais lá – Roberto de Andrade, candidato à presidência pela chapa da situação, é um dos que preferem Tite. E não se intimidou para atacar o continuísmo no Parque São Jorge.
“O Corinthians hoje está um pouco mais confuso do que em 2010, quando tinha mais clareza do queria ser e de como se comportar para chegar lá. Mas o poder deturpa muito as coisas. A permanência nele faz estragos”, criticou o treinador, que se despediu com uma vitória por 2 a 1 sobre o lanterna Criciúma e com o quarto lugar do Campeonato Brasileiro.
Mano estava envolvido no processo de reestruturação do Corinthians à época do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro, em parceria com o então presidente Andrés Sanchez. Conquistou o título da segunda divisão, um Campeonato Paulista e uma Copa do Brasil antes de seguir à Seleção Brasileira com o apoio do dirigente.
Sucedido no Corinthians por Adilson Batista (que fracassou) e por Tite (campeão estadual, nacional, continental e mundial pelo clube), Mano perdeu prestígio entre a alta cúpula do grupo de Sanchez. Seu único apoiador é o atual presidente Mário Gobbi, que deixará o cargo em fevereiro e ficou isolado.
Dispensado pelo Corinthians, Mano considerou “trairagem” as mudanças de opinião sobre o seu trabalho por parte da chapa da situação – Sanchez chegou a dizer que era favorável à permanência do técnico quando a troca de comando já estava definida. Mas não quis citar o nome do seu ex-presidente diante das câmeras de televisão.
Não foram apenas pessoas ligadas a Sanchez, contudo, que se cansaram de Mano Menezes. Os torcedores vaiaram quando a sua presença foi anunciada pelo locutor do estádio de Itaquera antes do derradeiro jogo com o Criciúma.
E, no instante em que o Internacional marcou o gol da vitória sobre o Figueirense e empurrou o Corinthians para a pré-Libertadores, alguns desabafaram com insultos contra ele.
“Faltando um minuto para a partida acabar, tudo estava maravilhoso. Aí, acontece um gol em outro estádio e o cara começa a te ofender. Isso não tem lógica. Faz mal para o futebol”, reclamou Mano, incomodado também com os protestos e ameaças que enfrentou ao longo de 2014. Mas mais ainda com quem o preteriu. “Sou razoavelmente inteligente para saber quando me querem ou não.”
Se o Corinthians ficou mais confuso dessa forma, na visão de Mano, ele também se enxergou “com o coração um pouquinho mais duro”. Só não quis descartar a possibilidade de aceitar uma terceira passagem pelo clube no futuro, apesar de ter a intenção de trabalhar no exterior ou estudar (como fez Tite) em 2015.
“Não estou pensando em um retorno agora, até porque o futebol depende muito da opinião das pessoas que o dirigem.
Mas só levo coisas boas do Corinthians, assim como da primeira vez em que estive no clube, das pessoas com quem trabalhei. Sei que a tarefa de permanência aqui é quase a de um sobrevivente e que o fogo amigo estava ainda mais cerrado nesse período”, sorriu Mano Menezes, novamente ex-técnico corintiano.
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