O Corinthians aprontou boa parte do planejamento para 2015 sem saber qual será o novo técnico do clube, mas a finalização desses planos depende da contratação do profissional que vai comandar a equipe na próxima temporada.

Apesar de ter acerto iminente com pelo menos dois jogadores, o Timão interrompeu as conversas por reforços e só vai retomá-las após a escolha do sucessor de Mano Menezes. O anúncio sai até a próxima segunda-feira, dia 15 de dezembro.

Por causa das interrupções, a diretoria tem pressa para definir o novo nome. As conversas ocorrem em sigilo, mas Tite e Oswaldo de Oliveira são os postulantes ao cargo.

A tendência é que qualquer um dos escolhidos fique com os reforços já acertados: o lateral-direito Edílson, ex-Botafogo, e o volante Cristian, que passou pelo Corinthians entre 2008 e 2009. O anúncio dos dois só sairá após o acerto com o técnico.

– Tudo agora depende do novo técnico. Não adianta contratarmos alguém sem discutir os reforços com ele – afirmou o diretor de futebol Ronaldo Ximenes.

As conversas com Tite estavam mais adiantadas, mas a primeira pedida do técnico foi alta demais para os padrões corintianos. Com Oswaldo, a conversa é mais simples, pois seus números não devem ultrapassar os de Mano Menezes – cerca de R$ 500 mil por mês.

Os dois são bem vistos pela cúpula e tratados como únicas opções no momento. Tite também é desejado pelo Internacional.

Oswaldo foi cotado à sucessão de Tite no fim de 2013, quando ainda dirigia o Botafogo. Na ocasião, ele preferiu dar continuidade ao trabalho no clube carioca. Em 2014, acertou com o Santos, de onde saiu em setembro. Desde então, descansa no Rio de Janeiro.

A decisão está nas mãos do presidente Mário Gobbi, que deixa o cargo em fevereiro. Ele buscou o consenso com os candidatos à sua sucessão, mas todos preferiram se eximir de opiniões.

Paulo Garcia, da oposição, e Ilmar Schiavenato, espécie de terceira via, não admitiram preferência. Roberto de Andrade, da situação, tem boa relação com Tite.

Gobbi está convencido de que, após as conversas, nenhuma decisão que ele tomar será contestada.

O receio do presidente era o desenho do pior cenário possível em fevereiro, quando o Corinthians disputa duas partidas decisivas da primeira fase da Libertadores, contra um clube colombiano a definir.

Os confrontos ocorrem nos dias 4 e 11 de fevereiro – entre eles, o Timão tem eleição presidencial no dia 7 e clássico contra o Palmeiras dia 8, no estádio do rival.